18 outubro, 2018

Sínodo dos Jovens: mais espaço para as mulheres

 
Mulheres participantes do Sínodo
 
É necessário rejeitar toda forma de exclusão ou preconceito e acelerar os processos de luta contra a cultura do machismo e do clericalismo, a fim de desenvolver o respeito pelas mulheres e o reconhecimento dos seus carismas. 
 
Cidade do Vaticano

Mais espaço para a mulher. O tema foi abordado esta manhã na Sala Nova do Sínodo para garantir uma presença feminina adequada na Igreja.

É necessário rejeitar toda forma de exclusão ou preconceito e acelerar os processos de luta contra a cultura do machismo e do clericalismo, a fim de desenvolver o respeito pelas mulheres e o reconhecimento dos seus carismas.

Trata-se de uma urgência real. Disse um Padre sinodal, ao perguntar se não é necessário um Sínodo universal dedicado ao tema. A inspiração permanece em Maria, um modelo de humildade para a Igreja: próxima da vontade de Deus e longe do Espírito do mundo e do carreirismo clerical ou laical. 

Criar lugares de encontro entre os jovens

Os prelados convidam os educadores adultos a um exame de consciência: entender se Jesus está no centro do seu trabalho ou se limitama “transmitir apenas preceitos, hoje chamados de valores”, com uma “pastoral de conservação”.

De facto, há necessidade de concretude quando nos aproximamos do mundo juvenil a partir de lugares, como escolas e universidades, onde em alguns países ocorre o primeiro contacto com a Igreja.

A bondade da castidade pré-matrimonial, bem como o respeito pelos valores da honestidade e do bem comum, devem ser explicados aos jovens.

A Igreja não deve apenas propor indicações, mas ser “em saída” e abrir espaço no mundo criando reuniões e locais de encontro para os jovens, para que sejam protagonistas da vida e da missão. Os olhos do Sínodo já estão voltados para a JMJ do Panamá com a esperança de que produza muitos frutos no campo vocacional. 

Deus é o guia, o “Gps” dos jovens

Além disso, os jovens devem ser ajudados a permanecer conetados com Deus, “Gps” das suas vidas. Mas diante dos desafios do mundo atual, os Padres exortam a não negar os símbolos do cristianismo, a não deixar que a Igreja católica seja ridicularizada e, sobretudo, combater o flagelo do abuso, senão a Igreja perde a sua credibilidade.

É necessário viver entre as pessoas, longe dos edifícios: “ter o cheiro dos jovens”. Propor o Evangelho de Jesus, nascido pobre, morto na cruz e ressuscitado: só ele é digno de ser amado e seguido, ele é o “líder” que os jovens buscam. Corremos o risco de apresentar o Evangelho como uma “novidade insignificante e milagrosa”.

O Sínodo renova a proposta de um Pontifício Conselho para os Jovens na Cúria Romana, formado por membros dos cinco continentes: a ideia é ter um grupo de jovens “em casa” com o Sucessor de Pedro. Os bispos também fizeram um apelo a tratar mais o tema do Espírito Santo, cujos dons são fundamentais na reflexão sobre vocação, acompanhamento e discernimento.

VATICAN NEWS

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