Papa em visita à sede da Fao, em Roma, em outubro de 2017
(ANSA)
“Podemos sonhar um futuro sem fome, mas isso só é legítimo se nos envolvermos em processos tangíveis, relações vitais, planos operativos e compromissos reais", afirma Francisco em mensagem para o Dia Mundial da Alimentação.
Cidade do Vaticano
Ação conjunta baseada na solidariedade e na justiça: este é o fulcro da mensagem que o Papa Francisco enviou ao Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação.
Celebrado a 16 de outubro, o tema deste ano é "As nossas ações são o nosso futuro. Um mundo com Fome Zero em 2030 é possível".
Tristeza e amargura
No texto, o Pontífice lamenta que não cessa de aumentar o número de seres humanos que passam fome.
Este não pode ser simplesmente mais um Dia, escreve o Papa, mas
deveria servir para "ousar transformar em sofrimento pessoal aquilo que
acontece no mundo", pedindo que os Estados e sociedade civil redobrem os
esforços para combater a fome.
Vergonha
Francisco fala de vergonha pelo facto de não se registrar avanços em
humanidade e solidariedade ao mesmo passo dos avanços nos campos da
tecnologia e da ciência.
“Todos somos chamados a ir mais longe. Podemos e devemos fazer melhor
com os desvalidos. Para isso, é preciso passar à ação, de modo que
desapareça completamente o flagelo da fome.”
Falta vontade política
O Papa cita a iniciativa a Agenda 2030, com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável, e Fome Zero, que exigem que as organizações
internacionais, como a FAO, envolvam responsavelmente os
Estados-membros a fim de empreenderem e levarem a cabo ações a nível
local, deixando de lado interesses eleitorais e mesquinhos.
Isto significa abordar uma dimensão estrutural que o drama da fome
esconde: a desigualdade extrema, a má distribuição dos recursos do
planeta, as consequências das mudanças climáticas ou os infindáveis e
sangrentos conflitos que devastam muitas regiões.
Sonhar um futuro sem fome
É preciso assumir, com firmeza e determinação, o problema do outro, defende o Papa.
“Podemos sonhar um futuro sem fome, mas isso só é legítimo se nos
envolvermos em processos tangíveis, relações vitais, planos operativos e
compromissos reais."
VATICAN NEWS
Sem comentários:
Enviar um comentário