Populismos,
terceira guerra mundial, ódio, migrações, bater em crianças. estes foram
alguns dos temas tratados pelo Papa Francisco no Instituto
Agostinianum, no final da tarde desta terça-feira, ao encontrar jovens e
adultos de diversas partes do mundo.
Cidade do Vaticano
Na tarde desta terça-feira, 23 de outubro, na última semana da
Assembléia geral do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco encontrou jovens
e idosos de diferentes países no Salão principal do Instituto Augustinianum,
ao lado do Vaticano. A ocasião foi oferecida pela apresentação do livro
"Francisco, a Sabedoria do tempo, em diálogo com o Papa Francisco sobre
as grandes questões da vida".
O encontro teve início com a projeção do vídeo “Faces of Wisdom”
(“Rostos da Sabedoria”) e a apresentação dos cantos do Coral da Diocese
de Roma, dirigido pelo Maestro Marco Frisina.
Tomaram a palavra a seguir Dom Ulloa Mendieta, arcebispo do Panamá e
Presidente da Comissão organizadora da JMJ 2019, e o Padre António
Spadaro, diretor da revista dos Jesuítas “La Civiltà Cattolica”.
Com a chegada do Papa Francisco, começaram a ser feitas perguntas de um grupo de jovens e idosos provenientes da Colômbia,
Itália, Malta e Estados Unidos. Entre os interlocutores do Papa também o
cineasta Martin Scorsese.
"O que faço eu, quando vejo que o Mediterrâneo é um cemitério? Digo
a verdade, sofro, rezo e falo. Não devemos aceitar este sofrimento.
Não, isto não está certo", disse Francisco ao responder à pergunta de
uma idosa.
"Hoje existe a Terceira Guerra Mundial em pedaços. Olhem para os
locais dos conflitos: falta de humanidade, agressão, ódio entre culturas
e tribos, também uma deformação da religião, este é o caminho do
suicídio, semear ódio. É um preparar da Terceira Guerra Mundial que está
em andamento aos pedaços e acredito não estar a exagerar nisto. Dizer isto aos
jovens!".
O Pontifície disse ainda: "Veio-me à mente a profecia de Einstein: a
quarta guerra mundial será feita com pedras e bastões, porque a terceira
destruirá tudo. Semear ódio, violência e divisões é um caminho de
destruição, suicídio. Pode-se fazer isto por muitos motivos. Aquele
jovem do século passado, fez uma limpeza com a pureza da raça, com os
migrantes. Acolher os migrantes é um mandamento bíblico, porque foste
migrante no Egito. Depois a Europa foi feita de migrantes. As culturas misturaram-se. Devemos retomar, antes de um julgamento, à nossa história
europeia. Eu sou filho de um migrante que foi para a Argentina. Migrantes,
recebidos com o coração e porta aberta. Mas o fechamento é o início do
suicídio".
O Pontífice também alertou para os populismos: É importante que os
jovens saibam como nasce um populismo. Penso em Hitler no século
passado, que promesu o desenvolvimento da Alemanha. Sabemos como
começam os populismos: semeando o ódio. Não se pode viver semeando
ódio.
VATICAN NEWS
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