23 outubro, 2018

Ódio entre culturas preparam a 3ª Guerra Mundial, alerta o Papa

 
 
Populismos, terceira guerra mundial, ódio, migrações, bater em crianças. estes foram alguns dos temas tratados pelo Papa Francisco no Instituto Agostinianum, no final da tarde desta terça-feira, ao encontrar jovens e adultos de diversas partes do mundo.
 
Cidade do Vaticano

Na tarde desta terça-feira, 23 de outubro, na última semana da Assembléia geral do Sínodo dos Bispos, o Papa Francisco encontrou jovens e idosos de diferentes países no Salão principal do Instituto Augustinianum, ao lado do Vaticano. A ocasião foi oferecida pela apresentação do livro "Francisco, a Sabedoria do tempo, em diálogo com o Papa Francisco sobre as grandes questões da vida".

O encontro teve início com a projeção do vídeo “Faces of Wisdom” (“Rostos da Sabedoria”) e a apresentação dos cantos do Coral da Diocese de Roma, dirigido pelo Maestro Marco Frisina.

Tomaram a palavra a seguir Dom Ulloa Mendieta, arcebispo do Panamá e Presidente da Comissão organizadora da JMJ 2019, e o Padre António Spadaro, diretor da revista dos Jesuítas “La Civiltà Cattolica”.

Com a chegada do Papa Francisco, começaram a ser feitas perguntas de um grupo de jovens e idosos provenientes da Colômbia, Itália, Malta e Estados Unidos. Entre os interlocutores do Papa também o cineasta Martin Scorsese.

"O que faço eu, quando vejo que o Mediterrâneo é um cemitério? Digo a verdade, sofro, rezo e falo. Não devemos aceitar este sofrimento. Não, isto não está certo", disse Francisco ao responder à pergunta de uma idosa.

"Hoje existe a Terceira Guerra Mundial em pedaços. Olhem para os locais dos conflitos: falta de humanidade, agressão, ódio entre culturas e tribos, também uma deformação da religião, este é o caminho do suicídio, semear ódio. É um preparar da Terceira Guerra Mundial que está em andamento aos pedaços e acredito não estar a exagerar nisto. Dizer isto aos jovens!".

O Pontifície disse ainda: "Veio-me à  mente a profecia de Einstein: a quarta guerra mundial será feita com pedras e bastões, porque a terceira destruirá tudo. Semear ódio, violência e divisões é um caminho de destruição, suicídio. Pode-se fazer isto por muitos motivos. Aquele jovem do século passado, fez uma limpeza com a pureza da raça, com os migrantes. Acolher os migrantes é um mandamento bíblico, porque foste migrante no Egito. Depois a Europa foi feita de migrantes. As culturas misturaram-se. Devemos retomar, antes de um julgamento, à nossa história europeia. Eu sou filho de um migrante que foi para a Argentina. Migrantes, recebidos com o coração e porta aberta. Mas o fechamento é o início do suicídio".

O Pontífice também alertou para os populismos: É importante que os jovens saibam como nasce um populismo. Penso em Hitler no século passado, que promesu  o desenvolvimento da Alemanha. Sabemos como começam os populismos: semeando o ódio. Não se pode viver semeando ódio.

VATICAN NEWS

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