10 julho, 2010

Instrumentos Práticos para o Serviço - I

Ensinar

Por Jim Murphy, Director do Instituto Internacional de Formação de Líderes Carismáticos,
ICCRS – Secretariado Internacional do Renovamento Carismático Católico


1. Introdução

Acredito que, enquanto líderes, uma ou outra vez seremos chamados a fazer um ensinamento. Acredito que há pessoas que têm o dom do ensino. Outros têm o ministério do ensino. Mas alguns serão simplesmente chamados a ensinar.
Por exemplo, Billy Graham tem o carisma do ensino. Centenas de pessoas convertem-se ao Senhor quando ele proclama o Evangelho!
Nós podemos não o ter, mas somos moralmente obrigados - como cristãos baptizados - a ensinar e proclamar o Evangelho. Simultaneamente poderemos ter de rezar pela cura de alguém, apesar de não termos esse carisma.
Há necessidade sempre de exercitar qualquer carisma que possuímos, mas podemos ser chamados a usar outros carismas quando a situação assim o exigir. Nessas circunstâncias, Deus dar-nos-à sempre a graça de fazermos o que é preciso ser feito.

“Se valer a pena fazer, vale a pena faze-lo humildemente”.
Podemos não ser capazes de o fazer, mas temos que ter a humildade de fazer o que Deus nos pede que façamos nesse momento. Mesmo que não seja grandioso temos de confiar e acreditar que Deus nos usará..
O rapazito que tinha os peixes e os pães poderia ter decidido que estes não eram suficientes para todos e daí nada mais fazer. Não foi assim que ele procedeu.

* Olhemos então para os aspectos práticos do ensino.
Se formos chamados a ensinar podemos fazê-lo a um nível muito elevado ou então mais simples. Fazê-lo num grupo de oração ou numa assembleia. Fazê-lo num grupo inicial ou noutro já com mais vivência carismática. E assim sucessivamente (...).

* Existem diferentes formas de ensinar.
Este ensinamento, por exemplo, provavelmente não levará ninguém a pôr-se de joelhos, chorando e entregando a sua vida a Jesus.
Há outros ensinamentos que são informativos. Há ensinamentos que transformam os corações. Há ensinamentos feitos para uma determinada área. Falar a 5000 pessoas sobre cura é diferente de falar a 10 homens quanto à maneira de tratar melhor as suas famílias; etc. (...).
É essencial discernir que tipo de ensinamento o Senhor quer. Se Ele pretende um movimento poderoso do Espírito então um ensinamento na base de informações não é o suficiente.

* Pensemos nisto como um tripé.
Um tripé é uma estrutura muito estável. imaginemos que temos um tripé e que o mundo está a morrer à fome.
Deus pede-nos que sirvamos uma refeição de vida ao mundo. Por debaixo do nosso tripé temos um bom fogo e um tacho. Podemos cozinhar a refeição no tacho e depois alimentarmos o mundo.
Temos que estar atentos ao fogo do Espírito, mas é o tripé que mantém o tacho estável por cima do fogo. E as pernas do tripé são do discernimento, a preparação e a entrega.

Estas três pernas são necessárias para qualquer bom ensinamento.
Apenas duas, não são o suficiente! Grande conteúdo, mas uma má apresentação, não é bom. Uma apresentação fantástica que é divertida e apelativa, mas que na verdade não diz nada é inútil. E sem discernimento não estamos a dar aquilo que Deus quer. Uma palavra com unção pode mudar uma vida.

2. Discernimento – Preparação – Entrega

- Como discernimos sobre o que falar?
- Depois do discernimento, como fazemos a preparação?
- Depois da preparação, como fazemos a entrega da mensagem?

* Nota: Este segundo tema será apresentado neste blogue, na pasta imediatamente a seguir.

Labat n.º 69 de Fevereiro de 2007

Sem comentários:

Enviar um comentário