31 janeiro, 2020

Papa: a mundanidade, um lento deslizar no pecado



Um dos males de nosso tempo é o deslizar para um estado em que se perde o sentido do pecado. Na Missa celebrada na Casa de Santa Marta, na manhã desta sexta-feira, o Papa Francisco recorda que também um santo como David caiu em tentação. Trata-se de um perigo no qual todos podemos cair. Por isto é necessário questionar-mo-nos sempre se cedemos ao espírito do mundo.~

Benedetta Capelli- Cidade do Vaticano 

Uma vida normal, tranquila, um coração que não se move nem mesmo diante dos pecados mais graves, um mundanismo que rouba a capacidade de ver o mal a ser feito. O Papa Francisco, na homilia da Missa na Casa de Santa Mart, na manhã de hoje (31/01), relê a passagem extraída do segundo livro de Samuel, focada na figura do rei David, o "santo rei David", que caindo na vida cómoda, esquece ter sido eleito por Deus.

David, como tantos homens de hoje, pessoas que parecem boas, “que vão à Missa todos os domingos, que se dizem cristãs", mas que perderam "a consciência do pecado": um dos males de nosso tempo, dizia Pio XII. Um tempo em que parece que tudo pode ser feito, uma "atmosfera espiritual" da qual se venha a arrepender, quem sabe graças à repreensão de alguém ou por “uma sacudidela" da vida. 

O espírito do mundo

Francisco concentra-se nos pecados de David: o censo do povo e a forma como faz Urias morrer, depois de ter engravidado a sua esposa Betsabeia. Ele escolhe o assassinato porque o seu plano para colocar as coisas no lugar depois do adultério, falha miseravelmente. “David - afirma o Papa - continuou a sua vida normal. Tranquilo. O coração não se moveu":

Mas como o grande David, que é santo, que tinha feito tantas coisas boas, que era tão unido a Deus, foi capaz de fazer isto? Isto não se faz da noite para o dia. O Grande David escorregou lentamente, lentamente. Há pecados de um momento: o pecado da ira, um insulto, que eu não posso controlar. Mas há pecados nos quais se desliza lentamente, com o espírito do mundanismo. É o espírito do mundo que te leva a fazer essas coisas, como se fossem normais. Um assassinato ... 

Deslizar no pecado

Lentamente, é um advérbio que o Papa repete muitas vezes na sua homilia. Explica o modo como pouco a pouco o pecado toma posse do homem, aproveitando-se de sua comodidade. “Somos todos pecadores - prossegue Francisco - mas às vezes cometemos pecados do momento. Fico com raiva, insulto. Depois arrepend-me."

Às vezes, pelo contrário, "deixamo-nos deslizar para um estado de vida em que... parece normal". Normal, por exemplo, é "não pagar à doméstica como deve ser paga”, ou aqueles que trabalham no campo e recebem metade do valor devido:

Mas são pessoas boas, parece, que fazem isto, que vão à Missa todos os domings, que se dizem cristãs. Mas por que fazes isso? E os outros pecados? ... digo somente este... Eh, porque deslizaste para um estado no qual perdeste a consciência do pecado. E este é um dos males do nosso tempo. Pio XII disse: perder a consciência do pecado. "Mas, se pode fazer tudo ..." e, no final, levas uma vida inteira para resolver um problema. 

Ser sacudido pela vida

Não são coisas antigas, explica o Papa, recordando um caso recente ocorrido na Argentina com alguns jovens jogadores de rugby que espancaram um companheiro até a morte depois de uma noitada. Jovens – afirma o Papa – que se tornaram "um bando de lobos". Um facto que leva a questionar sobre a educação dos jovens, sobre a sociedade.

“Tantas vezes há necessidade de um abano na vida” para parar, para dar um basta naquele lento deslizar para o pecado. Há necessidade de uma pessoa como o profeta Natã, enviado por Deus a David, para fazê-lo ver o seu erro:

Pensemos um pouco: qual é a atmosfera espiritual da minha vida? Estou atento, tenho sempre necessidade de alguém para me dizer a verdade, ou não, acredito que não? Escuto a repreensão de algum amigo, do confessor, do marido, da esposa, dos filhos, que me ajudam um pouco? Olhando para esta história de David - do Santo Rei David, perguntem-mo-nos: se um Santo foi capaz de cair assim, estejamos atentos, irmãos e irmãs, isto pode acontecer também connosco. E também perguntemos a nós mesmos: em que atmosfera vivo eu? Que o Senhor nos dê a graça de nos enviar sempre um profeta - pode ser o vizinho, o filho, a mãe, o pai - que nos sacuda quando estivermos a deslizar para essa atmosfera onde parece que tudo seja lícito.
VN

O Papa: os idosos são indispensáveis na educação das crianças e dos jovens na fé

 
 
Francisco disse que devemos acostumar-nos a incluir os idosos "nos nossos horizontes pastorais e a considerá-los como uma das componentes vitais das nossas comunidades. A velhice não é uma doença, mas um privilégio! Os idosos podem ser protagonistas de uma pastoral evangelizadora".
 
Mariangela Jaguraba - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco recebeu na Sala Regia, no Vaticano, nesta sexta-feira (31/01), os participantes do primeiro Congresso Internacional da Pastoral dos Idosos sobre o tema “A riqueza dos anos”.

A conferência, promovida pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, focalizou a atenção na Pastoral dos Idosos e iniciou uma reflexão sobre a presença substancial de avós nas paróquias e sociedades.

“A riqueza dos anos é riqueza das pessoas, de cada pessoa que tem muitos anos de vida, experiência e história. É o tesouro precioso que toma forma no percurso da vida de cada homem e mulher, qualquer que seja a sua origem, a sua proveniência, as suas condições ecoómicas ou sociais. A vida é um dom, e quando é longa é um privilégio, para ti e para os outros”, disse o Papa no seu discurso. 

Apreciar o valor da velhice

"No século XXI, a velhice tornou-se um dos traços marcantes da humanidade. Em poucas décadas, a pirâmide demográfica, que se referia a um grande número de crianças e jovens e tinha no ápice poucos idosos, foi invertida. Se tempos atrás os idosos povoavam um pequeno estado, hoje enchem um continente inteiro."
“Nesse sentido, a grande presença de idosos é uma novidade para o ambiente social e geográfico do mundo.”
"Além disso, a velhice hoje corresponde a estações diferentes da vida: para alguns é a idade em que cessa o compromisso de produzir, as forças declinam e aparecem os sinais de doença, da necessidade de ajuda e o isolamento social, para outros é o início de um longo período de bem-estar psicofísico e liberdade das obrigações de trabalho."

“Nas duas situações, como viver esses anos? Que sentido dar a essa fase da vida, que para muitos pode ser longa?”, perguntou Francisco.
“A desorientação social, a indiferença e a rejeição que as nossas sociedades têm pelos idosos, chamam não apenas a Igreja, mas todos a uma reflexão séria a fim de aprender a acolher e apreciar o valor da velhice.”
"Se por um lado os Estados enfrentam a nova situação demográfica no plano económico, por outro, a sociedade civil precisa de valores e significados para a terceira e a quarta idade. Aqui, a comunidade eclesial pode dar a sua contribuição."

Francisco pediu para que esse congresso “não se torne uma iniciativa isolada, mas que seja o início de um caminho de aprofundamento pastoral e de discernimento. Devemos mudar os nossos hábitos pastorais a fim de responder à presença de muitas pessoas idosas nas famílias e comunidades”. 

A longevidade é uma bênção

A seguir, o Papa disse que a “longevidade na Bíblia é uma bênção” que nos ajuda “a confrontar-nos com a nossa fragilidade, com a dependência recíproca, com os nossos laços familiares e comunitários, mas sobretudo com a nossa filiação divina. Concedendo a velhice, Deus doa tempo para aprofundar o nosso conhecimento sobre Ele, a intimidade com Ele a fim de entrar sempre mais no teu coração e abandonares-te a Ele”. Ao mesmo tempo, a velhice “é um tempo de fecundidade renovada. O plano de salvação de Deus também se realiza na pobreza dos corpos frágeis, estéreis e sem força. Do ventre estéril de Sara e do corpo centenário de Abraão nasceu o Povo eleito. De Isabel e do velho Zacarias nasceu João Batista. O idoso, mesmo quando é fraco, pode ser um instrumento da história da salvação”.

Consciente deste papel insubstituível das pessoas idosas, “a Igreja torna-se o lugar em que as gerações são chamadas a partilhar o projeto de amor de Deus, numa relação de troca recíproca dos dons do Espírito Santo. Esta partilha entre gerações obriga-nos a mudar o nosso olhar em relação aos idosos a fim de aprender-mos a olhar o futuro junto com eles”. 

Os idosos são o hoje e o amanhã da Igreja

“Os idosos são o hoje e o amanhã da Igreja. Sim, eles são também o futuro de uma Igreja que, junto com os jovens, profetiza e sonha. Por isso, é importante que  idosos e jovens conversem entre si. É muito importante”.

Segundo o Papa, “a profecia dos idosos realiza-se quando a luz do Evangelho entre plenamente nas nossas vidas, quando, como Simeão e Ana, pegam Jesus nos braços e anunciam a ‘revolução da ternura’, a Boa Nova Daquele que trouxe ao mundo a luz do Pai.” 

A velhice não é uma doença, mas um privilégio

Francisco convidou todos a irem “ao encontro dos idosos com o sorriso no rosto e o Evangelho nas mãos”. A ir pelas ruas das paróquias, procurando os idosos que vivem sozinhos. "A velhice não é uma doença, mas um privilégio! A solidão pode ser uma doença que pode curar-se com a caridade, a proximidade e o conforto espiritual”.
“Deus tem um povo numeroso de avós em todas as partes do mundo. Hoje, nas sociedades secularizadas de muitos países, as gerações atuais de pais não têm, na sua maioria, a formação cristã e a fé viva que os avós podem transmitir aos seus netos. Eles são o elo indispensável na educação das crianças e dos jovens na fé.”
"Devemos acostumar-nos a incluí-los nos nossos horizontes pastorais e a considerá-los como uma das componentes vitais das nossas comunidades. Eles não são apenas pessoas para quem somos chamados a ajudar e a proteger, mas podem ser protagonistas de uma pastoral evangelizadora, testemunhas privilegiadas do amor fiel de Deus”, concluiu o Papa.

VN

30 janeiro, 2020

Papa: viver e julgar com o estilo misericordioso do cristão



O nosso estilo de vida, o nosso modo de julgar os outros deve ser plenamente cristão, isto é, generoso e repleto de amor, e não motivo de humilhações, porque com a mesma medida com a qual julgamos, também nós seremos julgados no final da nossa existência. Foi o que evidenciou o Pontífice ao pronunciar a homilia na missa celebrada na Casa de Santa Marta, comentando o Evangelho do dia, extraído de Marcos.

Gabriella Ceraso – Cidade do Vaticano 

A página que o Evangelho de Marcos (Mc 2, 21-25) nos propõe hoje é rica de frases e conselhos de Jesus. O Papa Francisco escolhe uma para refletir na sua homilia na capela da Casa de Santa Marta, num diálogo constante com os fiéis presentes: "Com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos".

A medida do estilo cristão

Todos nós, afirmou o Papa, fazemos as contas com a vida, fazemos no presente e, sobretudo, faremos no final da nossa existência, e esta frase de Jesus diz-nos justamente “como será aquele momento", isto é, como será o juízo.

Enquanto o trecho das Bem-aventuranças e o capítulo 25 do Evangelho de Mateus falam das “coisas que devemos fazer”, o Evangelho de hoje mostra como fazê-las, o estilo e a medida:

Com qual medida eu meço os outros? Com qual medida meço a mim mesmo? É uma medida generosa, repleta do amor de Deus ou é uma medida rasa? E com aquela medida eu serei julgado, não será outra: com aquela, aquela que eu faço. Qual é o nível em que coloquei a minha trave? Coloquei no alto? Devemos pensar nisto. E isto o vemos não só nas coisas boas ou más que fazemos, mas no estilo contínuo de vida. 

O modelo do estilo cristão: Deus que se humilha a si mesmo
 
O Papa destacou que cada um de nós tem um estilo, “um modo de medir a si mesmo, as coisas e os outros" e será o mesmo que o Senhor usará connosco.  Portanto, explicou, quem mede com egoísmo, assim será medido; quem não tem piedade e que para subir na vida “é capaz de pisar a cabeça de todos", será julgado do mesmo modo, isto é, “sem piedade”. O contrário disto é o estilo de vida do cristão, que Francisco assim propôs:

E como cristão eu me questiono: qual é a minha medida de referência, a medida de comparação para saber se estou num nível cristão, um nível que Jesus quer? É a capacidade de me humilhar, é a capacidade de sofrer as humilhações. Um cristão que não é capaz de carregar consigo as humilhações da vida, falta-lhe algo. É um cristão de verniz ou de interesse. “Mas, padre, porquê isto?”. Porque Jesus fez assim, ele mesmo se aniquiliou, assim diz Paulo: “humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!”. Ele era Deus, mas não se agarrou a isto: humilhou-se a si mesmo. Este é o modelo. 

Mundanos, pecadores, empreendedores ou cristão?

E como exemplo de um estilo de vida definido “mundano” e incapaz de seguir o modelo de Jesus, o Papa citou as “lamentações” que lhe referem os bispos quando têm dificuldades para transferir os sacerdotes de paróquia, porque consideradas "de categoria inferior" e não superior como eles aspiram e, portanto, vivem esta transferência como uma punição.

Francisco então comentou como reconhecer o “meu estilo”, o “meu modo de julgar” segundo o comportamento que assumo diante das humilhações: "um modo de julgar mundano, um modo de julgar pecador, um modo de julgar empresarial ou um modo de julgar cristão":

Com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos”, a mesma medida. Se é uma medida cristã, que segue Jesus no teu caminho, (com) a mesma serei julgado, com muita, muita, muita piedade, com muita compaixão, com muita misericórdia. Mas se a minha medida é mundana e só uso a fé cristã – sim, faço, vou à missa, mas vivo como mundano – serei medido com esta medida. Peçamos ao Senhor a graça de viver de modo cristão e, sobretudo, de não ter medo da cruz, das humilhações, porque este é o caminho que Ele escolheu para nos salvar e isto é o que garante que a minha medida é cristã: a capacidade de carregar a cruz, a capacidade de sofrer alguma humilhação.



VN

29 janeiro, 2020

Bem-aventuranças: novo ciclo de catequeses do Papa Francisco

 
 


O Papa concluiu a Audiência Geral com uma recomendação aos fiéis: ler o capítulo quinto do Evangelho de Mateus e decorar as bem-aventuranças: "São uma mensagem para toda a humanidade".
 
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano

Na Audiência Geral desta quarta-feira (29/01), realizada na Sala Paulo VI, o Papa Francisco anunciou um novo ciclo de catequeses, desta vez dedicado às bem-aventuranças.

No Evangelho de Mateus (5, 1-11), o texto começa com o sermão da montanha, que iluminou a vida dos fiéis e inclusive de muitos não fiéis, por conterem a “carteira de identidade” dos cristãos, o seu estilo de vida seguindo o exemplo de Cristo.

Nas próximas semanas, o Pontífice comentará cada uma das bem-aventuranças, dedicando esta primeira catequese a uma explicação global das palavras de Jesus.

Uma mensagem a toda a humanidade

Antes de tudo, afirmou, é importante como acontece a proclamação desta mensagem: as suas palavras são endereçadas aos discípulos, com um horizonte mais amplo que é a multidão que se reuniu nas margens do lago da Galileia – multidão que representa hoje toda a humanidade. "É uma mensagem para toda a humanidade."

A montanha ainda evoca o Sinai, onde Deus deu a Moisés os dez mandamentos. Jesus começa a ensinar uma nova lei: ser pobres, mansos, misericordiosos... que vai para além de meras “normas”. Com efeito, Jesus nada impõe, mas revela o caminho da felicidade – o Seu caminho – repetindo oito vezes a palavra “bem-aventurados”.

As bem-aventuranças, prosseguiu o Pontífice, compõem-se de três partes. Primeiramente, consta sempre a palavra “bem-aventurados”; depois, a situação em que se encontram estes beatos: pobreza, aflição, injustiça, guerra, perseguição, etc.; e finalmente o motivo de tal felicidade, introduzido pela palavra “porque…”.
“Seria belo aprender de cor as bem-aventuranças, para ter na mente e no coração esta lei que Jesus nos dá.”
O motivo da felicidade
 
Os “porquês” não dizem respeito à situação atual, mas à nova condição que os Bem-aventurados receberão de Deus. De facto, ao indicar tais motivos, Jesus usa frequentemente um futuro passivo: serão consolados, serão saciados, etc.

Francisco explicou ainda o significado da palavra “bem-aventurado”, que é uma pessoa que está numa condição de graça, que progride na graça de Deus e no caminho de Deus. “Paciência, pobreza, serviço aos outros, consolação: estas pessoas são felizes.”

Para doar-se a nós, Deus escolhe com frequência estradas impensáveis, provavelmente aquelas dos nossos limites, das nossas lágrimas, das nossas derrotas. É a alegria pascal, da qual falam os irmãos orientais, aquela que tem os estigmas, mas está viva, atravessou a morte e fez a experiência do poder de Deus.

O Papa então concluiu com uma recomendação aos fiéis:

“As bem-aventuranças levam sempre à alegria. São o caminho para chegar à alegria. E nos fará bem pegar hoje no Evangelho de Mateus, capítulo 5, versículos 1-11 e ler as bem-aventuranças e talvez repetir isto algumas vezes durante a semana para entender este caminho belo e certo da felicidade que o Senhor nos propõe.” 

VN

28 janeiro, 2020

Papa: cristãos sem alegria são prisioneiros das formalidades

 
 
Não sentir vergonha de expressar a alegria do encontro com o Senhor: foi o que disse o Papa Francisco na homilia desta manhã, acrescentando que o Evangelho só irá em frente com evangelizadores cheios de vida. 
 
Adriana Masotti - Cidade do Vaticano

O Papa Francisco celebrou esta manhã (28/01) a missa na capela da Casa de Santa Marta e no centro da sua homilia esteve a alegria de ser cristão.

O Pontífice inspirou-se na Primeira Leitura, extraída do Segundo Livro de Samuel, que narra a festa de David e de todo o povo de Israel pelo regresso da Arca da Aliança ao seu lugar, isto é, a Jerusalém.

O povo faz festa porque Deus está próximo

A arca tinha sido levada, recordou o Papa, e o seu retorno foi “uma grande alegria para o povo”, já que ele sente que Deus lhe está próximo, e exulta.

O rei David está com eles, coloca-se à frente da procissão, faz o sacrifício de um boi e de um carneiro a cada seis passos. Com o povo, exulta, canta e dança “com todas as forças”.

Havia uma festa: a alegria do povo de Deus porque Deus estava com eles. E David? Dança. Dança diante do povo, expressa a sua alegria sem sentir vergonha; é a alegria espiritual do encontro com o Senhor: Deus voltou entre nós. E isto nos dá tanta alegria. David não pensa que é o rei e que o rei deve ficar distante do povo, a sua majestade - não? -, com a distância... David ama o Senhor, está feliz com este evento de conduzir a arca do Senhor. Expressa esta felicidade, esta alegria dançando, e certamente também cantava como todo o povo.
 
Francisco afirmou que acontece o mesmo connosco, sentir alegria “quando estamos com o Senhor” e às vezes, na paróquia, as pessoas fazem festa. E citou outro episódio da história de Israel, quando foi reencontrado o livro da lei no tempo de Neemias e também ali “o povo chorava de alegria”, continuando a festejar inclusive em casa.

O desprezo pela espontaneidade da alegria

O texto do profeta Samuel continua descrevendo a volta de David  sua casa, onde encontra uma das mulheres, Micol, a filha de Saul. Ela acolhe-o com desprezo. Vendo o rei dançar, sentiu vergonha dele e repreendeu-o dizendo: “Mas não sentes vergonha de dançares como um vulgar, como alguém do povo?”.

É o desprezo da religiosidade requintada pela espontaneidade da alegria com o Senhor. E David explica-lhe: “Mas vê, isto foi motivo de alegria. Alegria no Senhor, porque trouxemos a arca para casa!". [Ela] despreza. E diz a Bíblia que essa senhora – chamava-se Micol - não teve filhos por isso. O Senhor puniu-a. Quando falta a alegria num cristão, esse cristão não é fecundo; quando falta a alegria no nosso coração, não há fecundidade. 

É preciso evangelizadores alegres para seguir em frente

O Papa Francisco observa então que a festa não se expressa apenas espiritualmente, mas torna-se partilha. David, naquele dia, após a bênção, tinha distribuído "um pão de forno para cada um, uma porção de carne assada e torta de uvas", para que cada um festejasse na sua própria casa.

"A Palavra de Deus não se envergonha da festa", afirma Francisco, que acrescenta: "É verdade, às vezes o perigo da alegria é ir além e acreditar que isso é tudo. Não: esta é a atmosfera de festa."

E recorda então que São Paulo VI na sua Exortação Apostólica "Evangelii Nuntiandi", fala deste aspecto e exorta à alegria. E Francisco conclui a sua homilia com este pensamento:

“A Igreja não irá em frente. O Evangelho não irá em frente com evangelizadores enfadonhos, amargurados. Não. Somente irá em frente com evangelizadores alegres e cheios de vida. A alegria no receber a Palavra de Deus, a alegria de ser cristãos, a alegria de seguir em frente, a capacidade de festejar sem nos envergonharmos e não ser como esta senhora, Micol, cristãos formais, cristãos prisioneiros das formalidades".

VN

27 janeiro, 2020

JMJ em Lisboa foi anunciada há um ano. O que está a ser feito? (c/ vídeo)

Na data (27 de janeiro) que assinala um ano do anúncio de Portugal como a próxima sede da Jornada Mundial da Juventude, o Comité Organizado Local da JMJ Lisboa 2022 dá a conhecer o trabalho que está a ser feito e perspetiva a peregrinação de “centenas de jovens” a Roma, no próximo Domingo de Ramos, para trazerem para Portugal a cruz e o ícone da JMJ.


O coordenador geral para o setor logístico-operativo da JMJ Lisboa 2022, D. Américo Aguiar, destaca a colaboração “entusiasta” que tem sentido por parte das autoridades civis durante este último ano de preparação, “entre as quais a Presidência da República, o Governo, vários ministérios, a Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara Municipal de Loures”, aponta um comunicado. Este responsável acrescenta ainda que na estrutura do Comité Organizador Local (COL) foram criadas “sete equipas de trabalho, compostas por vários sacerdotes e um número imenso de leigos que têm vindo a trabalhar nas áreas mais diversas da logística, do acolhimento, da parte financeira e da parte pastoral”, adianta.

Entrega dos símbolos da JMJ

O COL da JMJ Lisboa 2022 está “empenhado” na peregrinação para a entrega dos símbolos da JMJ que irá decorrer em Roma, no Domingo de Ramos, dia 5 de Abril. A organização avança que “recebeu largas centenas de inscrições de jovens de todo o país”. “São muitos os que querem encontrar-se com o Papa Francisco para, juntamente com D. Manuel Clemente, Cardeal-Patriarca de Lisboa, trazerem para Portugal a cruz – entregue por São João Paulo II aos jovens do mundo inteiro, em 1984 – e o ícone de Nossa Senhora”, refere D. Américo Aguiar, apontando que, após essa data, os símbolos vão iniciar uma peregrinação pelos países africanos de língua oficial portuguesa e também por Espanha.
O próximo Domingo de Ramos em Roma vai marcar também o início de uma “presença mais efetiva junto dos portugueses, através dos media e das redes sociais”, revela o Bispo Auxiliar de Lisboa.

Voluntariado
“Temos sido contactados por jovens do mundo inteiro que querem fazer voluntariado, uns imediatamente e outros mais em cima da data da Jornada Mundial da Juventude”, revelou D. Américo Aguiar, garantindo que, brevemente, “através do site e das aplicações que surgirão será fácil a cada jovem poder disponibilizar-se para ser voluntário” e que todas as idades, são chamados a colaborar. “Vamos precisar de muitos voluntários que façam traduções. Há muitas pessoas que estão numa fase da vida mais calma, até porventura aposentados, e que são profissionais da área da tradução ou viveram em países estrangeiros, e que podem ser magníficos voluntários a trabalhar com a organização”, exemplifica o responsável pelo setor logístico-operativo da JMJ Lisboa 2022.

Concursos do Logo e do Hino da JMJ
Os concursos para o logo e hino da JMJ Lisboa 2022 encontram-se, neste momento, no processo de seleção dos vencedores. Segundo o comunicado do COL da JMJ Lisboa 2022, no concurso para o símbolo participaram centenas de candidatos, provenientes de 30 países, representando os cinco continentes. “A triagem e a avaliação destes trabalhos foi feita, primeiramente, por uma equipa da Universidade Católica Portuguesa que selecionou as 21 melhores propostas. Estas serão agora avaliadas por profissionais da área do marketing e da comunicação. Serão também auscultados alguns jovens ao longo do processo”, revela a nota.
Para o concurso que vai escolher o hino da JMJ Lisboa 2022, foram recebidas mais de uma centena de candidaturas que se encontram a “ser analisadas por um júri, composto por profissionais ligados à área da música e das artes”. “Em breve, serão divulgados os vencedores de ambas as competições”, acrescenta a nota que concluiu com um agradecimento a todos pelo “empenho” e “disponibilidade demonstrada na organização da JMJ Lisboa 2022”.

 
Patriarcado de Lisboa
 

João Paulo II, Bento XVI e Francisco em Auschwitz e Birkenau

 
Auschwitz   (ANSA)
 
No dia em que se celebra o Dia da Memória, repercorremos as comoventes visitas dos três Papas ao campo de extermínio nazista.
 
Amedeo Lomonaco, Silvonei José - Cidade do Vaticano
 
Três pontífices foram ao campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau. Neste sacrário da dor, no dia 7 de junho de 1979, João Paulo II celebrou a Santa Missa. Depois foi o Papa Bento XVI, em 28 de maio de 2006, que visitou o campo de extermínio nazista na Polónia. A estas peregrinações, entre trágicas páginas da história, acrescenta-se a viagem silenciosa do Papa Francisco em 29 de julho de 2016. Visitas distanciadas pelos anos, mas unidas pela oração. Os passos de João Paulo II, de Bento XVI e do Papa Francisco também estão entrelaçados com os passos de vidas destruídas pela crueldade cega que triunfaram sobre a morte. Como a de São Maximiliano Kolbe, que deu a sua vida em Auschwitz para salvar a de outro inocente.


A peregrinação de João Paulo II

Celebrando a Santa Missa no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, O Papa Wojtyła, em 1979, lembrou que este lugar foi "construído sobre o ódio e o desprezo pelo homem, em nome de uma ideologia louca". É um "lugar construído sobre a crueldade" com acesso através de uma porta com uma inscrição: "Arbeit macht frei". Uma inscrição, sublinha São João Paulo II na sua homilia, com um "som de zombaria" porque o seu conteúdo "era radicalmente o contrário" do que ocorria ali dentro. Sobre este "Gólgota do mundo contemporâneo", o Pontífice polaco ajoelha-se diante de sepulturas em grande parte sem nome. "Auschwitz é um relato da consciência da humanidade através das lápides que testemunham as vítimas destes povos, que não se pode apenas visitar, mas deve-se pensar também com medo a esta que foi uma das fronteiras do ódio". Auschwitz é um "testemunho da guerra", que leva a "um crescimento desproporcional do ódio, da destruição, da crueldade".

Peregrinação de João Paulo II a Auschwitz-Birkenau
A visita de Bento XVI

A visita do Papa Bento XVI ao campo nazista faz parte da viagem apostólica de 2006 à Polónia. Um "lugar de horror, de acumulação de crimes contra Deus e contra o homem que não tem comparação na história". "O Papa João Paulo II - recorda o Pontífice alemão -, esteve aqui como filho do povo polaco.  Eu estou aqui hoje como filho do povo alemão". "Filho daquele povo em que um grupo de criminosos chegou ao poder por meio de promessas mentirosas, em nome das perspetivas de grandeza, da recuperação da honra da nação e da sua importância, com previsões de bem-estar e também com a força do terror e da intimidação, para que o nosso povo pudesse ser usado e abusado como instrumento do seu desejo de destruição e dominação. "O lugar em que nos encontramos - sublinha Bento XVI -, é um lugar de memória, é o lugar da Shoah". O passado nunca é apenas passado. Diz-nos respeito e mostra-nos os caminhos a não tomar e aqueles a serem tomados".

 Visita de Bento XVI ao campo de Auschwitz

A oração do Papa Francisco

O silêncio e a oração marcaram os momentos da visita do Papa Francisco ao campo de Auschwitz-Birkenau, em 2016. O Pontífice, a pé, passou lentamente sob a infame inscrição "Arbeit macht frei", "O trabalho liberta". Na praça onde os prisioneiros nazistas eram enforcados, Francisco toca e beija uma das vigas que sustentam a estrutura usada para a execução. Na entrada do "Bloco 11", Francisco encontra dez sobreviventes da Shoah. Depois destes momentos intensos, em que olhares, carícias, abraços se alteram com apertos de mão, o Papa caminha lentamente em direção à parede das fuzilações. Ele estende as mãos para tocá-la, permanece imóvel por alguns momentos. Neste lugar, ele deixa uma vela. Francisco permanece sozinho, muito tempo em silêncio, absorvido em oração.

Visita do Papa Francisco a Auschwitz

O Papa Francisco percorre, enfim, num carro eléctrico, o caminho ao longo dos trilhos das carruagens em que os deportados chegavam. No campo de Birkenau, o Pontífice caminha diante de cada uma das 23 estelas comemorativas do Monumento Internacional em memória das vítimas do nazismo. São minutos de silêncio, interrompidos apenas pelo choro de uma criança. O último momento da visita é o encontro com 25 jutos das Nações, mulheres e homens que não se deixaram vencer pelo mal.

VN

Dia da Memória: “nunca mais”, repete o Papa, nunca mais a tragédia do Holocausto


"Todos convidados a fazerem momento de oração, dizendo nos corações:
nunca mais, nunca mais!”, disse o Papa 


No Angelus deste domingo (26), o Papa convidou todos a rezarem pelo Dia da Memória que ocorre hoje. Neste 27 de janeiro, o mundo recorda o aniversário de 75 anos da libertação dos sobreviventes em Auschwitz-Birkenau, na Polónia. “Uma imensa tragédia” que não dá espaço à “indiferença”, acrescentou o Pontífice. 

Andressa Collet – Cidade do Vaticano 

A Praça de São Pedro estava cheia neste domingo (26), principalmente com milhares de crianças e jovens que participavam da Caravana da Paz, promovida pela Ação Católica da Itália. Há 41 anos a iniciativa procura enviar esta mensagem de paz ao mundo, que toma uma dimensão importante inclusive na véspera do Dia da Memória.

De facto, nesta segunda-feira, 27 de janeiro, principalmente a Europa se mobiliza em atividades e comemorações para conservar a memória sobre a barbárie perpetrada pelos nazistas nos campos de concentração e extermínio que, há exatamente 75 anos, foi interrompida quando as tropas soviéticas libertaram os sobreviventes em Auschwitz-Birkenau. Era o ano de 1945 e a data foi instituída oficialmente pela ONU em 2005 em memória às vítimas do Holocausto e contra o racismo e outras formas de intolerância. 

Dia da Memória e de oração

No final da Oração Mariana do Angelus, então, o Papa também  recordou o Dia da Memória e a celebração do aniversário de 75 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, símbolo da Shoah.
“Diante desta imensa tragédia e atrocidade, não é admissível a indiferença e é legítima a memória. Amanhã estamos todos convidados a fazer um momento de oração e recolhimento, dizendo em nossos corações: nunca mais, nunca mais!”
VN

26 janeiro, 2020

Papa no Angelus: confiar na Palavra de Deus que muda o mundo e os corações



"É daqui que começa um verdadeiro caminho de conversão", afirmou o Papa Francisco na alocução que precedeu a Oração Mariana do Angelus deste domingo (26). Uma "adesão ao Senhor", acrescentou, que não pode ser reduzida a um esforço pessoal, mas com abertura confiante de coração e mente.

Depois da missa celebrada na Basílica de São Pedro, por ocasião do Primeiro Domingo da Palavra de Deus, o Papa Francisco, na alocução que precedeu a Oração Mariana do Angelus deste domingo (26), concentrou -se no Evangelho do dia, de quando começou a missão pública de Jesus. Uma pregação que começa ao pronunciar as seguintes palavras:"Convertei-vos, porque o reino dos céus está próximo". Um anúncio poderoso como um “feixe de luz que atravessa as trevas e corta a névoa”, disse Francisco.

“Com a vinda de Jesus, luz do mundo, Deus Pai mostrou à humanidade a sua proximidade e amizade”, comentou o Papa, dadas gratuitamente e que não são um mérito nosso: “são um dom gratuito de Deus. Nós devemos tutelar esse dom”, explicou o Pontífice, que fez um apelo para um “verdadeiro caminho de conversão”:
“Tantas vezes é impossível mudar a própria vida, abandonar o caminho do egoísmo, do mal, abandonar a estrada do pecado, porque o compromisso de conversão está centrado apenas em nós mesmos e nas nossas próprias forças, e não em Cristo e no seu Espírito. Mas a nossa adesão ao Senhor não pode ser reduzida a um esforço pessoal, não. Acreditar nisso também seria um pecado de soberba. A nossa adesão ao Senhor não pode reduzir-se a um esforço pessoal, ao contrário, deve ser expressa numa abertura confiante de coração e mente para acolher a Boa Nova de Jesus. É esta, a Palavra de Jesus, a Boa Nova de Jesus, o Evangelho – que muda o mundo e os corações! Somos chamados, portanto, a confiar na palavra de Cristo, abrir-nos à misericórdia do Pai e a deixar-nos ser transformados pela graça do Espírito Santo.”
VN

Papa: vamos dar espaço à Palavra de Deus, lendo diariamente a Bíblia, inclusive no celular

 
 
Ao pronunciar a homilia na missa que, pela primeira vez, celebra o Domingo da Palavra de Deus, Francisco encorajo-nos novamente a ler o Evangelho todos os dias. A cerimónia foi instituída no ano passado e, neste domingo (26), foi celebrada para fortalecer e recuperar a identidade cristã, através da familiaridade com a Bíblia: “vamos ler diariamente qualquer versículo”, trazendo o Evangelho no bolso ou mesmo lendo pelo telemóvel, disse o Papa.
 
Andressa Collet – Cidade do Vaticano

Pela primeira vez a Igreja celebrou o Domingo da Palavra de Deus dedicado ao estudo e à difusão do Evangelho. Este dia é celebrado sempre no III Domingo do Tempo Comum, desde a instituição do Papa em setembro de 2019, para fortalecer e recuperar a identidade cristã, através da familiaridade com a Bíblia.

Na homilia deste domingo (26), na Basílica de São Pedro, Francisco inspiro-se nas leituras do dia para voltar às origens da pregação de Jesus, que relata como, onde e a quem começou a pregar.

A missão pública de Jesus começou com a base de todos os discursos de Jesus, ao  dizer-nos que “o Reino do Céu está próximo”, quer dizer que “Deus está próximo” porque se fez homem. E esta mensagem, que é de alegria ao tomar a condição humana, disse o Papa, não foi num “sentido de dever, mas por amor”. E, por isso, pediu para mudarmos de vida, “passar da escuridão à luz”, com a força da sua Palavra.
“Mudem de vida porque começou um modo novo de viver: acabou o tempo de viveres para ti mesmo, começou o tempo de viveres com Deus e para Deus, com os outros e para os outros, com amor e por amor.”
Ao observar onde Jesus começou a pregar, Francisco lembrou que foram “a partir das regiões então consideradas ‘tenebrosas’”, onde moravam pessoas muito diferentes entre si, em termos de povos, línguas e culturas:
“Não era certo o lugar onde se encontrava o povo eleito na sua pureza religiosa melhor. E, no entanto, Jesus começou de lá: não do átrio do templo de Jerusalém, mas do lado oposto do país, da Galileia dos gentios, de um local de fronteira, de uma periferia. Disto mesmo podemos tirar uma lição: a Palavra que salva não procura lugares refinados, esterilizados, seguros. Vem à complicação dos nossos dias, às nossas obscuridades. Hoje, como então, Deus deseja visitar aqueles lugares, onde se pensa que lá, Ele não vai.”
Por fim, para quem Jesus iniciou a pregar?
“Os primeiros destinatários do chamamento foram pescadores: não pessoas atentamente selecionadas com base nas suas capacidades, nem homens piedosos que estavam no templo a rezar, mas gente comum que trabalhava. Pessoas normais, que trabalhavam.”
Para seguir Jesus, finalizou o Papa, “não bastam os bons propósitos; é preciso ouvir dia a dia o seu chamamento”. Desta forma, Francisco enaltece a importância de saber escutar, no meio de milhares de palavras todos os dias, “a única Palavra que não nos fala de coisas, mas da vida”.
“Queridos irmãos e irmãs, demos espaço à Palavra de Deus! Vamos ler diariamente qualquer versículo da Bíblia. Começar pelo Evangelho: mantê-lo aberto no cómodo de casa, trazê-lo connosco no bolso, visualizá-lo no telemóvel; deixemos que nos inspire todos os dias. Descobriremos que Deus está perto de nós, ilumina as nossas trevas, amorosamente impele para conduzir a nossa vida.”
VN

25 janeiro, 2020

Retiro anual do RCC da Diocese de Lisboa



Realizar-se-á nos dias 21 e 22 de março de 2020, nas instalações do Hotel Steyler, em Fátima, o retiro anual do Renovamento Carismático Católico, da Diocese de Lisboa.

«Evangelizar é como um mendigo dizer a outro mendigo onde há pão»
(Autor desconhecido)
 
(Para ampliar clique sobre o programa)

NOTA: As inscrições deverão dar entrada na ESD-Lisboa, até dia 14 de março de 2020.

ESD do RCC - Diocese de Lisboa