26 maio, 2018

Bispos querem despertar “o entusiasmo missionário"

A Igreja em Portugal vai viver um Ano Missionário, em todas as dioceses, de outubro de 2018 a outubro de 2019. O anúncio foi feito na Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’.

“Que este Ano Missionário se torne uma ocasião de graça, intensa e fecunda, de modo que desperte o entusiasmo missionário. E que este jamais nos seja roubado! Nesse entusiasmo, a formação missionária deve perpassar toda a nossa catequese e as escolas de leigos, e ser inserida nos currículos dos Seminários e das Faculdades de Teologia”, aponta o documento, publicado no Domingo de Pentecostes, no passado dia 20 de maio.
O texto começa por lembrar que o Papa Francisco declarou o mês de outubro de 2019 ‘Mês Missionário Extraordinário’, tendo como objetivo “despertar para uma maior consciência da missão e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral”. “Acolhendo com alegria a proposta do Papa Francisco de um Mês Missionário Extraordinário para toda a Igreja, nós, Bispos portugueses, propomo-nos ir mais longe e celebraremos esse mês como etapa final de um Ano Missionário em todas as nossas Dioceses, de outubro de 2018 a outubro de 2019”, revela a nota pastoral.

Terra de missão
Recordando depois que “desde o início do seu pontificado, o Papa Francisco tem convidado todo o cristão, em qualquer lugar e situação, a renovar o seu encontro pessoal com Jesus Cristo”, os bispos portugueses frisam que “não podemos ficar tranquilos, em espera passiva: é necessário passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”. “Com o ‘sonho missionário de chegar a todos’, o Santo Padre tem incentivado a ir às periferias, a ir até junto dos pobres, convidando os jovens a ‘fazer ruído’, a não ‘ficarem no sofá’ a verem a vida a passar. Convida a Igreja a não ficar entre si sem correr riscos, mas ter a coragem de ser uma Igreja viva, acolhedora, dos excluídos e dos estrangeiros”, lembram.
Neste texto, a Conferência Episcopal Portuguesa destacou ainda a urgência da evangelização. “Como discípulos missionários, devemos entrar decididamente com todas as forças nos processos constantes de renovação missionária, pois, hoje, cada terra e cada dimensão humana são terra de missão à espera do anúncio do Evangelho”, recordam.

Viver a missão
A nota pastoral destaca também as quatro dimensões, que o Papa Francisco indica, para preparar e viver o Mês Missionário Extraordinário de outubro de 2019: “Encontro pessoal com Jesus Cristo vivo na sua Igreja: Eucaristia, Palavra de Deus, oração pessoal e comunitária; Testemunho: os santos, os mártires da missão e os confessores da fé, que são expressão das Igrejas espalhadas pelo mundo; Formação: bíblica, catequética, espiritual e teológica sobre a missão; e Caridade missionária: ajuda material para o imenso trabalho da evangelização e da formação cristã nas Igrejas mais necessitadas”, resume o documento. Neste sentido, as “dimensões de oração, reflexão e ação propostas pelo Santo Padre, assim como o tema do Dia Mundial das Missões em 2019 – ‘Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo’ – estarão presentes nas várias iniciativas diocesanas ao longo de todo o Ano Missionário, sempre centrados na Palavra e na Eucaristia”.

Sair em missão
O documento apela a que “em todas as nossas dioceses surjam Centros Missionários Diocesanos (CMD) e Grupos Missionários Paroquiais (GMP), laboratórios missionários, células paroquiais de evangelização que, em consonância com as OMP e os Centros de animação missionária dos Institutos Missionários, possam fazer com que a missão universal ganhe corpo em todos os âmbitos da pastoral e da vida cristã”.
A Nota Pastoral ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’, da Conferência Episcopal Portuguesa, termina com um convite à missão: “Ao longo deste Ano Missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos – bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – a experiência da missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país em missão, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais, ou seja, a termos responsabilidade não só sobre a nossa comunidade, mas sobre o mundo inteiro".

Patriarcado de Lisboa

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