Membros Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice
(Vatican Media)
O Papa exorta os membros da Fundação
“Centesimus Annus, a perseverar no compromisso de construir uma cultura
global de justiça económica, de igualdade e de inclusão.
Cidade do Vaticano
O Santo Padre concluiu as suas atividades, na manhã deste sábado (26/5),
recebendo, na Sala Régia do Vaticano, cerca de 500 participantes da
Conferência Internacional da Fundação “Centesimus Annus pro Pontifice”, que teve como tema: “Debate sobre as novas políticas e estilos de vida na era digital”.
A Conferência de três dias, que acaba de se concluir no Vaticano, sob
a presidência do Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, contou
com a participação especial do Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu
I, que abordou o tema: “Uma agenda cristã comum pelo Bem Comum”.
A Fundação “Centesimus Annus”, recordamos, é uma Carta
encíclica do Papa João Paulo II, promulgada a 1 de maio de 1991, por
ocasião do centenário da Encíclica “Rerum Novarum”, daí o seu nome “Centesimus Annus”.
Importância de conhecer a Doutrina Social da Igreja
No seu discurso aos numerosos membros da Fundação, por ocasião dos
seus 25 anos de atividades, o Papa Francisco falou sobre a importância
de se conhecer a Doutrina Social da Igreja no âmbito dos negócios e
setores económicos da sociedade civil:
“As atuais dificuldades e crise no sistema económico
precisam de uma inegável dimensão ética, pois são ligadas a uma
mentalidade de egoísmo e exclusão, que geraram certa cultura de
descarte, sobretudo entre os mais vulneráveis. É o que se nota com a
crescente ‘globalização da indiferença’, que gera perante evidentes
desafios morais, que a família humana deve enfrentar”.
Neste sentido, o Papa recorda, de modo especial, os multíplices
obstáculos ao desenvolvimento humano integral, não apenas nos Países
mais pobres, mas também cada vez mais no mundo opulento. Francisco
lembra ainda as questões éticas urgentes, ligadas aos movimentos
migratórios. Por isso, disse aos membros da Fundação:
“Esta Fundação tem uma responsabilidade importante ao
levar a luz da mensagem evangélica ao enfrentar as questões humanitárias
urgentes e ao ajudar a Igreja a realizar este aspeto essencial da sua
missão. Mediante um esforço constante, com os líderes da Economia, das
Finanças e de outros setores sindicais públicos, vocês buscam assegurar,
que a dimensão social intrínseca de toda atividade económica, seja
adequadamente tutelada e efetivamente promovida”.
Novas políticas e novos estilos de vida
Noutras palavras, o Papa destacou que “a dimensão ética das
relações sociais e económicas não pode ser importada do externo e
imposta à vida e atividade social, que é um objetivo a longo prazo.
Aqui, Francisco referiu-se ao tema da Conferência internacional deste
ano: “Novas políticas e novos estilos de vida na era digital”. E
explicou:
“Um dos desafios, ligados a esta temática, é a ameaça
enfrentada pelas famílias, por causa das escassas oportunidades de
trabalho e da revolução da cultura digital. Este é um aspeto necessário
que torna decisiva a solidariedade da Igreja. A vossa contribuição é
expressão de uma atenção privilegiada da Igreja com o futuro dos jovens
e das famílias. Esta atividade conta com a especial colaboração
ecuménica, representada pelo Patriarca Bartolomeu, aqui presente”.
O Santo Padre concluiu o seu discurso destacando que, mediante a
transmissão da riqueza da Doutrina Social da Igreja, os membros da
Fundação “Centesimus Annus” buscam formar as consciências dos líderes, nos campos político, social e económico.
Por isso, encorajou-os a perseverar neste compromisso, que contribui
para a construção de uma cultura global de justiça económica, de
igualdade e de inclusão.
VATICAN NEWS
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