No Dia do Trabalhador e de São José
Operário, repropomos alguns pronunciamentos do Papa Francisco a respeito
do trabalho e do trabalhador.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
“Celebramos São José trabalhador, recordando-nos sempre que o
trabalho é um elemento fundamental para a dignidade da pessoa humana.”
Esta é a mensagem do Papa Francisco aos seus seguidores no Twitter no
dia em que a Igreja recorda a memória litúrgica de São José e Dia do
Trabalhador.
Trabalho significa amar
“Trabalho quer dizer dignidade, trabalho significa trazer o pão para
casa, trabalho quer dizer amar!” (visita pastoral a Cagliari, 22 de
setembro de 2013).
Foram muitos os discursos pronunciados pelo Papa Francisco a respeito
do trabalho. O Pontífice não se cansa de pedir dignidade para os
trabalhadores, igualdade na retribuição salarial entre homens e mulheres
e respeito pelos direitos conquistados.
Para Francisco, é urgente um novo pacto social humano, um novo pacto
social para o trabalho, que diminua as horas de trabalho de quem está na
última fase laboral, a fim de criar trabalho para os jovens que têm o
direito-dever de trabalhar. “O do trabalho é o primeiro dom dos pais e
das mães aos filhos e às filhas, é o primeiro património de uma
sociedade. É o primeiro dote com o qual os ajudamos a levantar voo para a
vida adulta.” (Discurso aos delegados da Confederação Italiana Sindical
dos Trabalhadores, 28 de junho de 2017)
Mulher trabalhadora
Aos empresários, o Pontífice pede uma atenção especial para a
qualidade da vida laboral dos funcionários, que são o recurso mais
precioso de uma empresa; em particular, para favorecer a harmonização
entre trabalho e família.
“Penso sobretudo nas trabalhadoras: o desafio é tutelar, ao mesmo
tempo, quer o seu direito a um trabalho plenamente reconhecido quer a
sua vocação à maternidade e à presença na família. Quantas vezes,
quantas vezes ouvimos que uma mulher foi ter com o chefe para lhe dizer:
‘Tenho que lhe comunicar que estou grávida’ — ‘A partir do fim de mês
já não vais trabalhar’. A mulher deve ser preservada, ajudada neste
duplo trabalho: o direito a trabalhar e o direito à maternidade.”
(Discurso à União Cristã de Empresários Dirigentes, 31 de outubro de
2015)
Precariedade
“Sem trabalho não há dignidade”, recorda o Papa, mas “nem todos os
trabalhos são trabalhos dignos. Há trabalhos que humilham a dignidade
das pessoas, os que nutrem as guerras com a construção de armas, que
vendem o corpo para a prostituição e que exploram os menores.”
Francisco denuncia de modo contundente também o trabalho precário: “É
uma ferida aberta para muitos trabalhadores, que vivem no medo de
perder o próprio trabalho. Precariedade total. Isto é imoral. Isto mata:
mata a dignidade, mata a saúde, mata a família, mata a sociedade”
(videomensagem para a Semana Social da Conferência Episcopal Italiana 26
de outubro de 2017).
Prioridade humana
Por isto, reitera o Pontífice, o mundo do trabalho é uma prioridade
humana. “Por conseguinte, é uma nossa prioridade cristã, e inclusive
uma prioridade do Papa. Porque se origina daquele primeiro mandamento
que Deus deu a Adão: «Vai, faz crescer a terra, trabalha a terra,
domina-a». Sempre houve uma amizade entre a Igreja e o trabalho, a
partir de Jesus trabalhador. Onde houver um trabalhador ali estarão o
interesse e o olhar de amor do Senhor e da Igreja. Penso que isto é
claro. (visita pastoral a Gênova, 27 de maio de 2017)
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