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Papa celebra a missa na Casa Santa Marta
(Vatican Media)
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Na capela da Casa Santa Marta, o Pontífice celebrou a Missa e falou das atitudes que devem caracterizar a transmissão da fé.
Barbara Castelli – Cidade do Vaticano
“Transmitir a fé” não quer dizer “fazer proselitismo”, “buscar pessoas que torçam por um jogo de futebol” ou um “centro cultural”, mas testemunhar com amor. Foi o que disse o Papa na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta.
Barbara Castelli – Cidade do Vaticano
“Transmitir a fé” não quer dizer “fazer proselitismo”, “buscar pessoas que torçam por um jogo de futebol” ou um “centro cultural”, mas testemunhar com amor. Foi o que disse o Papa na homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta.
Partindo de um trecho da Carta de São Paulo aos Coríntios, o
Pontífice afirmou que ser cristão não é aprender mecanicamente um
livro ou algumas noções, mas significa ser “fecundo na transmissão da
fé”, assim como a Igreja, que é “mãe” e dá à luz “filhos na fé”.
“Transmitir a fé não é dar informações, mas fundar um coração,
fundar um coração na fé em Jesus Cristo. Não se pode transmitir a fé
mecanicamente: ‘Mas pegue neste livro, estude e depois o batizo’. Não. O
caminho para transmitir a fé é outro: transmitir aquilo que nós
recebemos. E este é o desafio de um cristão: ser fecundo na transmissão
da fé. E também é o desafio da Igreja: ser mãe fecunda, dar à luz filhos
na fé”.
Transmitir a fé com carinho
O Pontífice insistiu na transmissão da fé que atravessa gerações, da
avó à mãe, numa atmosfera que perfuma de amor. O próprio credo é feito
não só de palavras, mas de “carícias”, com a “ternura”, até mesmo “em
dialeto”. O Papa citou as amas, que são quase uma segunda mãe. São
sempre mais comuns os casos em que são elas a transmitir a fé com
atenção, ajudando a crescer.
A Igreja cresce por atração
Portanto, a primeira atitude na transmissão da fé é certamente o amor; enquanto a segunda é o testemunho.
“Transmitir a fé não é fazer proselitismo, é outra coisa, é ainda
maior. Não é buscar pessoas que torçam por um jogo de futebol, um clube,
um centro cultural; isso pode ser, mas a fé não se propaga com
proselitismo. Bento XVI disse bem: ‘A Igreja não cresce por
proselitismo, mas por atração’. A fé transmite-se, mas por atração, isto
é, por testemunho”.
O testemunho gera curiosidade
testemunhar na vida de todos os dias aquilo em que se acredita
torna-nos justos “aos olhos de Deus”, suscitando curiosidade em quem nos
circunda.
“E o testemunho provoca curiosidade no coração do outro e aquela
curiosidade o Espírito Santo a toma e trabalha a partir de dentro. A
Igreja cresce por atração, atração. E a transmissão da fé dá-se com o
testemunho, até o martírio. Quando se vê esta coerência de vida com
aquilo que nós dizemos, vem sempre a curiosidade: ‘Mas por que vive esta
pessoa assim? Por que leva uma vida de serviço aos outros?’. E
aquela curiosidade é somente a que pega o Espírito Santo e a leva
avante. E a transmissão da fé faz-nos justos, nos justifica. A fé justifica-nos e na transmissão nós damos a verdadeira justiça aos outros”.
VATICAN NEWS
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