Jovens, esperança da Igreja
Depois do Sínodo, ressoa com força o apelo do Papa para continuar a rezar pela Igreja, a caminhar juntos, levando o Evangelho ao mundo, enquanto o demónio acusa e divide: “é aquele que nos divide e nos separa de Deus”
Cidade do Vaticano
Papa Francisco convidou a rezar o Terço no mês de outubro, invocando Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo, para pedir a Deus que proteja a Igreja dos ataques do diabo. E no discurso de encerramento dos trabalhos sinodais, recomendou: “Continuemos a fazê-lo", porque "é um momento difícil", o Grande Acusador - referindo-se ao diabo - aproveita-se dos pecados dos filhos da Igreja para atacar a "Santa Mãe Igreja". Os filhos estão sujos, mas a Mãe é Santa, "não deve ser sujada". "Este é o momento de defender a Mãe; e se defende a Mãe do Grande Acusador com a oração e a penitência".
As acusações contra a Igreja tornam-se "perseguição", como acontece
com os cristãos do Oriente, mas "há outro tipo de perseguição, com
acusações contínuas para sujar a Igreja. A Igreja não deve ser sujada,
nós filhos somos todos sujos", os filhos são pecadores, "mas a Mãe não,
devemos defendê-la, todos, e por isso eu pedi para todos rezarem o Terço neste mês de outubro, todos os dias, pela unidade da Igreja” . “A Mãe deve ser defendida com oração e penitência”.
Os ataques ao Papa e os “insensatos Gálatas”
Portanto o sínodo concluiu-se, mas continua. Cada vez mais somos
chamados a “caminhar juntos” – este é o significado da palavra “sínodo” –
unidos a Cristo e ao seu Vigário, principalmente neste momento tão
difícil para a Igreja. Unidos na alegria e no sofrimento, na esperança e
no testemunho. Unidos na escuta recíproca e na oração. Reparados do Mal
sob o manto da Mãe de Deus. O Diabo é aquele que nos divide e nos
separa de Deus. Este é o grande testemunho dos que pensam em salvar a
Igreja atacando o Papa.
Ainda hoje ressoa a antiga advertência de São Paulo sobre os “Os
insensatos Gálatas”: convertidos ao cristianismo tinham sido convencidos
de que a salvação viria através da lei. É a tentação de sempre, a
idolatria da lei que dá segurança.
Perde o espírito da lei, perde a humanidade da lei, perde o rosto amoroso do autor da lei, Deus: pensando em obedecê-lo.
A ilusão de se considerar fiéis a Deus
Todo o drama dos opositores do Papa encontra-se aqui: sem sabê-lo,
estão a oporem-se a Jesus, que continua a escandalizar os fariseus de
todos os tempos, salvando e curando, gratuitamente, por pura
misericórdia. Jesus caminha entre nós e passa com a sua graça: para
acolhê-la não se pode parar (Lc 13, 1-35). O amor precisa de movimento,
caminha, como Abraão que pela fé deixou a sua terra sem saber onde ir. A
fé cristã não é uma religião do Livro, de uma lei escrita, muda, imóvel (Catecismo da Igreja Católica,
108), mas é a religião da Palavra de Deus, uma Palavra viva que
continua a falar, diz coisas novas, que antes não entendíamos, está
sempre em movimento. É Jesus. Que deve ser seguido. Para que não
ficássemos limitados à lei e afastados d’Ele, Jesus deu-nos um homem,
frágil como nós, frágil como Pedro, como seu Vigário. Seguir o Papa é um
ponto de referência, estável mas dinâmico, para continuar a seguir
Jesus. O Demónio quer romper esta ligação para nos separar do Redentor,
Aquele que doa a verdadeira liberdade de amar. Eis o engano diabólico:
trabalhar para o diabo acreditando estar ao serviço de Deus.
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A beleza de caminhar juntos
O sínodo acabou, mas continua. Chama-nos a testemunhar todos os dias a alegria do encontro com Jesus. A beleza da unidade, no caminhar juntos, unidos ao Papa, na escuta do Espírito Santo, repelindo as tentações daquele que quer dividir e acolhendo com fé a oração de Jesus ao Pai “para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo 17, 21).
VATICAN NEWS
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