Como na semana
passada, Francisco aprofundou a quinta palavra do Decálogo: ‘não
matarás’, recordando que aos olhos de Deus a vida humana é preciosa,
sagrada e inviolável.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
Cerca de 20 mil fiéis participaram nesta quarta-feira (17/10) na Audiência Geral. na Praça de São Pedro.
Sob um céu nublado, o Papa fez a alegria dos peregrinos passando de
papamóvel entre a multidão antes de pronunciar a sua catequese, dando
prosseguimento ao ciclo sobre os 10 mandamentos.
Como na semana passada, Francisco aprofundou a quinta palavra do
Decálogo: ‘não matarás’, recordando que aos olhos de Deus a vida humana é
preciosa, sagrada e inviolável.
Desprezar é matar
Jesus no Evangelho revela um sentido ainda mais profundo para este
Mandamento: a ira, o insulto e o desprezo contra um irmão é uma forma de
assassinato. “Nós estamos acostumados a insultar. Isto faz mal, é uma
forma de matar a dignidade de uma pessoa. Seria belo se este ensinamento
de Jesus entrasse na mente e no coração. Não insultar mais ninguém:
seria um bom propósito. Para Jesus, se desprezas, insultas e odeias, é homicídio.”
Quando vamos à missa, prosseguiu o Papa, deveríamos ter esta atitude
de reconciliação com as pessoas com as quais tivemos problemas. “Mas às
vezes falamos mal das pessoas enquanto esperamos o sacerdote. Isto não é
possível. Vamos pensar na importância do insulto, do desprezo, do ódio.
Jesus insere-os na linha do assassinato.”
Para aniquilar uma pessoa, portanto, basta ignorá-la.
De facto, desprezar o irmão é fazer como Caim que, quando Deus lhe
perguntou onde estava o seu irmão Abel, respondeu: “Por acaso sou guardião
do meu irmão?” “Somos sim os guardiões dos nossos irmãos, somos
guardiões uns dos outros!”, respondeu o Pontífice.
Audiência Geral de 17 de Outubro de 201
Precisamos de perdão
A vida humana necessita de amor, disse ainda o Papa, reiterando que o
amor autêntico é o que Cristo nos mostrou, isto é, a misericórdia. Não
matar é incluir, valorizar, perdoar.
Não podemos viver sem o amor que perdoa, que acolhe quem nos fez mal.
Nenhum de nós sobrevive sem misericórdia, todos necessitamos do perdão.
Não basta “não fazer nada de mal”, do homem exige-se mais, ele deve
fazer o bem, significa viver segundo o Senhor Jesus, que deu a vida por
nós e por nós ressuscitou.
“Uma vez, repetimos todos juntos uma frase de um santo sobre isto:
não fazer mal é coisa boa, mas não fazer o bem não é bom. Precisamos fazer sempre o bem, ir além”, disse ainda Francisco.
Eis então que a Palavra “não matarás” torna-se um apelo essencial: é um apelo ao amor.
VATICAN NEWS
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