Nesta terça feira, durante a
noite de louvor e em Adoração ao Santíssimo Sacramento na capela do Pilado, o
Padre Patrício conduziu-nos numa oração/reflexão sobre a comunidade paroquial,
exortando-nos a termos confiança em Deus para podermos sair da nossa “zona de
conforto” e partirmos a ser verdadeiros missionários, discípulos de Cristo.
Veio então ao meu coração, ao
meu pensamento, a imagem da nossa paróquia como estando toda dentro de um
grande barco, parado nas águas do mar, tudo muito quieto e silencioso.
Cada vez que alguém se levantava
para fazer algo de novo, outros mandavam-no sentar, dizendo que estava a
desequilibrar o barco e que assim todos podiam cair na água.
Mas, perto do barco e sobre as
águas, estava Jesus que nos convidava, incentivava mesmo, a pormo-nos de pé, a
sair do barco, a caminhar sobre as águas ao encontro dEle, como fez com Pedro
naquele dia em que o chamou para caminhar sobre as águas, para ir ao Seu
encontro.
O Espírito Santo queria que
saíssemos do barco, daquela estabilidade morna que nada fazia, e colocava em
nós a certeza de que, se nos começássemos a afundar como Pedro, bastava
estender a mão e pedir ajuda, que logo Jesus nos salvaria e nos conduziria a
porto seguro.
Mais ainda, o Espírito Santo
exortava-nos a abrir as velas do barco, a deixá-lo navegar nas águas do mar,
dando-nos a certeza de que, se todos vivessemos em comunhão de fé e amor, seria
o sopro do Espírito Santo a impelir o barco/paróquia segundo a vontade de Deus.
Afinal, devemos pensar, a
renovação, o abrir-se à renovação, («Eu renovo todas as coisas» Ap 21, 5),
parte de nós, de querermos levantar-nos, de querermos agitar o barco, de
sairmos para as águas fora do nosso conforto estável que nada muda.
A renovação parte sobretudo de
nós querermos abrir-nos decididamente ao Espírito Santo para que Ele nos
conduza, individualmente e em comunidade paroquial, até onde Ele nos quiser
levar!
Marinha Grande, 11 de Outubro
de 2018
Joaquim Mexia Alves
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