Missa pela paz na Península Coreana
(ANSA)
O secretário de
Estado do Vaticano concluiu a sua homilia, pela paz no mundo e na Coreia,
pedindo ao Senhor a graça de tornar a paz uma autentica missão no mundo
de hoje.
Cidade do Vaticano
Na tarde desta quarta-feira (17/10), o Cardeal Secretário de Estado,
Piero Parolin, presidiu, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, uma
“Santa Missa pela Paz" na Península Coreana, da qual participou também o
Presidente da República da Coreia, Jae-in Moon, Membros do Corpo
Diplomático e algumas autoridades civis e religiosas.
O Cardeal Parolin iniciou a sua homilia com as palavras de Jesus
Ressuscitado aos seus discípulos: "A paz esteja convosco!" No entanto,
os discípulos já tinham ouvido tais palavras do Senhor na noite da
Última Ceia, antes de se entregar aos seus perseguidores; mas também
antes da sua Ascensão ao Céu. Ao despedir-se dos seus discípulos, disse:
"Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não como o mundo vos dá,
mas como eu vos dou. Não vos preocupeis, não tenhais medo".
A paz é dom de Deus
A paz que o Senhor oferece ao coração humano, em busca da verdadeira
vida e da plena alegria, afirmou o Cardeal, é o mistério espiritual que
une o sacrifício da Cruz ao poder renovador da Ressurreição: "Deixo-vos a
paz! Dou-vos a minha paz!"
É o que queremos fazer esta noite, dirigindo-nos àquele que detém a
história e o destino da humanidade: implorar, mais uma vez, o dom da paz
para o mundo, em particular para a península coreana, pois, após tantos
anos de tensão e divisão, a palavra paz pode finalmente ressoar
plenamente.
A sabedoria das Escrituras leva-nos a entender que somente os que
experimentaram o mistério inescrutável da aparente ausência de Deus,
diante dos sofrimentos, opressão e ódio, podem entender realmente o que
significa ressoar novamente a palavra Paz.
A paz é construída com escolhas diárias
Sabemos, disse o Cardeal Secretário de Estado, como pessoas de boa
vontade, que a paz é construída com escolhas diárias; com um sério
compromisso ao serviço da justiça e da solidariedade; com a promoção dos
direitos e da dignidade da pessoa humana e, sobretudo, com atenção aos
mais fracos.
Para os que acreditam, recordou o Cardeal Parolin, a Paz é, antes de
tudo, uma dádiva que vem do alto, do próprio Deus; é a plena manifestação
da presença de Deus, anunciado pelos Profetas como o Príncipe da Paz.
Não se trata de uma paz abstrata e distante, mas de uma experiência
da vida concreta, como o Papa Francisco teve a oportunidade de dizer:
“Uma paz no meio das tribulações". De facto, - diz ainda “o mundo anestesia-nos e não nos deixa ver outra realidade da vida: a Cruz". Por
isso, a fé cristã ensina-nos que "a paz sem a cruz não é a Paz de
Jesus"!
Devemos falar sempre de paz
O Papa Paulo VI, que acaba de ser canonizado no Vaticano, instituiu o
"Dia Mundial da Paz", em 1° de janeiro de 1968, quando, disse: "Devemos falar sempre de paz! Precisamos de educar o mundo a amar a paz, a
construí-la, a defendê-la; devemos despertar, nos homens do nosso tempo e
das gerações futuras, o sentido da verdadeira paz, baseada na verdade,
na justiça, na liberdade e no amor".
O Cardeal Secretário de Estado, conclui a sua homilia, pela paz no
mundo e na Coreia, pedindo ao Senhor a graça de tornar a paz uma
autêntica missão no mundo de hoje, confiando no misterioso poder da Cruz
de Cristo e na sua ressurreição.
VATICAN NEWS
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