“Para muitos
jovens, que estão à procura de Deus, a Paixão de Jesus pode ser uma fonte
de esperança e coragem, pois ensina-lhes que todos são amados até o
fim", disse Francisco aos padres capitulares.
Manoel Tavares – Cidade do Vaticano
O Santo Padre concluiu a sua série de audiências, na manhã desta
segunda-feira (22/10), recebendo, na Sala do Consistório, no Vaticano,
cerca de 100 participantes no Capítulo Geral da Congregação da Paixão de
Jesus Cristo ou Padre Passionistas.
No seu discurso aos Padres Capitulares, que se realiza em Roma de 6 a 27 de
outubro: “Renovar a nossa missão: gratidão, profecia e esperança”.
Trata-se de três palavras, disse Francisco, que manifestam o espírito
com o qual vós quereis impelir a Congregação a uma renovação da sua
missão:
“Pretendeis empreender um novo caminho de formação permanente
para as vossas comunidades, arraigado na experiência da vida diária; além
do mais, querem fazer um discernimento sobre a metodologia pastoral
para vos aproximar mais das novas gerações”.
O seu fundador, São Paulo da Cruz - disse o Papa - deu a si e aos seus
companheiros este lema: “Que a Paixão de Jesus Cristo esteja sempre nos
nossos corações". O seu primeiro biógrafo, São Vicente Maria Strambi,
disse sobre o fundador: “Parece que Deus escolheu o Padre Paulo, de modo
especial, para ensinar as pessoas a buscá-Lo na interioridade do seu
coração”.
São Paulo da Cruz – recordou o Papa - queria que as suas comunidades
fossem escolas de oração, onde pudessem fazer experiência de Deus, não
obstante a sua santidade tenha sido vivida entre a obscuridade e a
desolação, mas também com alegria e paz, que tocavam o coração de quem o
encontrava. E acrescentou:
“A Paixão de Jesus ocupa o centro da sua vida e da sua missão. O
Fundador a descreveu como "a maior e mais bela obra do amor de Deus". O
voto, que os distingue, com o qual se esforçam para manter viva a
memória da Paixão, coloca-vos aos pés da Cruz, de onde brota o amor
sanativo e reconciliador de Deus”.
Por isso, Francisco encorajou os Padres Passionistas a serem
ministros da cura espiritual e da reconciliação, tão necessárias no
mundo de hoje, marcado por feridas novas e antigas. Segundo as suas
Constituições os Passionistas são chamados a dedicar toda a sua
existência à “evangelização e à nova evangelização dos povos, dando
prioridade aos mais pobres e abandonados”.
A sua presença ao lado das pessoas, - frisou o Papa – representa,
através das missões populares, da direção espiritual e do sacramento da
Penitência, um precioso testemunho: “A Igreja precisa de ministros que
falem com ternura, ouçam sem condenar e acolham com misericórdia”. E
referindo-se à atualidade, Francisco afirmou:
“A Igreja sente, hoje, o forte apelo de sair e ir para as
periferias, tanto geográficas como existenciais. O seu compromisso, a
abraçar as novas fronteiras da missão, implica não ir só a novos
territórios para levar o Evangelho, mas também a enfrentar os novos
desafios do nosso tempo, como a migração, o secularismo e o mundo
digital”.
Nesta época de grandes mudanças, disse o Papa aos Passionistas “Vós
sois chamados a ler os sinais dos tempos. Novas situações exigem novas
respostas. Uma fidelidade criativa ao vosso carisma permitirrvos-á
responder às necessidades das pessoas que mais sofrem”.
Por fim, o Santo Padre recordou os Santos que a Congregação dos
Passionistas ofereceu à Igreja, como o jovem São Gabriel de Nossa
Senhora das Dores, cujo exemplo de seguimento a Jesus ainda fala aos
jovens de hoje. O testemunho dos Santos e Beatos da família religiosa
Passionista representa a fecundidade do seu carisma e os modelos de suas
escolhas apostólicas.
O Papa Francisco concluiu o seu discurso aos Padres Capitulares
Passionistas, dizendo: “Para muitos jovens, que estão à procura de Deus, a
Paixão de Jesus pode ser uma fonte de esperança e coragem, pois ensina-lhes que todos são amados até o fim. Que o seu testemunho e apostolado
continuem a enriquecer a Igreja; permaneçam sempre ao lado de Cristo
crucificado e do seu povo sofredor”.
VATICAN NEWS
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