(RV) “É alarmante que cerca de 35% das mulheres no
mundo inteiro tenha sido vítima de violência física em algum ponto da
vida, principalmente violência doméstica e sexual”.
Esta foi a reação do Observador permanente da Santa Sé junto às
Nações Unidas, Arcebispo Bernardito Auza, ao comentar a publicação de um
relatório apresentado pelo Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon nesta
segunda-feira (10/10), em Nova Iorque, data que marcou o Dia
Internacional da Menina.
Dom Auza destacou os progressos feitos na defesa e promoção da
igualdade para as mulheres, todavia afirmou que “desafios persistentes
ainda permanecem”.
Combate
“É preciso dar atenção especial para esta situação escandalosa,
precisamos de medidas efetivas e programas para combater e derrotar este
deplorável tipo de comportamento em relação às mulheres”, exortou o
observador, e prosseguiu:
“Em um mundo onde a pobreza continua a ter principalmente uma face
feminina, a promoção de economias inclusivas e equitativas pode gerar um
profundo impacto para o avanço das mulheres”.
Tradição inaceitável
Dom Auza ratificou ainda a recomendação do Secretário Geral da ONU
para que se dê atenção especial para as mutilações genitais femininas:
“O Papa identifica a mutilação genital feminina como um exemplo de ‘tradição inaceitável que ainda precisa ser eliminada’”.
Por fim, o arcebispo citou o trabalho de muitas instituições e
organizações católicas, em particular de mulheres religiosas, que estão
na linha de frente para mudar práticas culturais e “empoderar jovens
meninas para resistir às violências”.
Nominalmente, foram citadas as iniciativas “Grupo Santa Marta”, “Talitha Kum” e “#EndSlavery”.
(RB)
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