(RV) Forte apreciação foi expressa pelo Papa pela
iniciativa "Instant Schools for Africa” (Escolas imediatas para África),
lançada pela Fundação Vodafone, e que permitirá a milhões de jovens em
alguns Países africanos de ter livre acesso a material didáctico
on-line. A iniciativa foi ilustrada na manhã desta quarta-feira (05/10)
ao Papa Francisco pelo Administrador delegado do Grupo Vodafone durante a
audiência na salinha da Aula Paulo VI, com a participação de cerca de
40 executivos da empresa.
"Os melhores votos para este projecto, por aquilo que ouvi, realmente
gosto dele, é construtivo, e hoje é necessário ser construtivo, fazer
coisas que levem a humanidade para frente e não apenas ver como caem as
bombas sobre pessoas inocentes, crianças, doentes, cidades inteiras.
Construir, e não destruir! Obrigado.
Construir é, portanto, a palavra-chave do discurso do Papa. Francisco
acolhe com grande favor a iniciativa da Vodafone, que terá início no
outono. Coração do projecto é ajudar gratuitamente meninos africanos que
não tenham seguido uma educação convencional. Milhões de jovens que
vivem em Lesotho, República Democrática do Congo, Gana, Quénia,
Moçambique e Tanzânia, inclusive em campos de refugiados, poderão ter
acesso a materiais didácticos online. A iniciativa é desenvolvida em
parceria com a Learning Equality, organização sem fins lucrativos que
fornece soluções open source (de código aberto) para a aprendizagem
online.
Fazer dos instrumentos de modo livre e crítico
Um projecto que se insere no horizonte de intervenções públicas e
privadas destinadas a promover um mundo "mais capaz de oferecer
oportunidades de desenvolvimento" a grupos sociais em risco de exclusão,
observou o Papa. Francisco sugere que aos jovens também se forneçam
noções de método, isto é, que eles aprendam não apenas a usar os
instrumentos, mas a usá-los de modo livre e crítico.
O Papa: acesso aos textos sagrados das várias religiões para incentivar o diálogo
Francisco não se esquece de lembrar a importância de haver também uma dimensão religiosa
"E, finalmente, um desejo: que, entre os recursos oferecidos aos
jovens, possa haver acesso informático aos textos sagrados das várias
religiões, em diferentes línguas. Este seria um bom sinal de atenção
para a dimensão religiosa, tão enraizada nos povos africanos, e de
encorajamento ao diálogo inter-religioso”.
O projecto gratuito para estudantes e professores
Um objectivo importante, o de "Instant Schools for Africa ", visto que,
segundo um estudo da UNESCO relativo a 2013, 59 milhões de meninos dos 6
aos 11 anos não frequentaram alguma escola: entre estes 30 milhões
vivem na África Subsaariana. Livros de texto e enciclopédias serão
acessíveis com os Tablet para os alunos e com um computador e um
projector para professores, sem nenhum custo, através da rede móvel
Vodafone ou suas subsidiárias africanas. E a Fundação Vodafone também se
vai confrontar com algumas das principais companhias de telefonia
móvel nos Países em causa, pedindo-lhes para adoptarem uma abordagem
semelhante para levar, ao coração de África, a educação, antídoto à
pobreza. (BS)
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