O secretário de Estado do Vaticano disse
nesta quarta-feira dia 12 em Fátima que a visita do Papa Francisco a
Portugal, em 2017, vai ser uma “peregrinação mariana no centenário das
aparições”.
O cardeal Pietro Parolin, em conferência de imprensa, escusou-se a
dar uma “resposta detalhada” sobre esta viagem, admitindo que a mesma
pergunta se sucedeu nos “vários encontros” que manteve até ao momento em
solo português.
“Há um grande desejo de que o Papa venha”, realçou.
D. Pietro Parolin adiantou que, neste momento, “está tudo por pensar e por organizar segundo a vontade do Santo Padre”.
“A razão pela qual o Papa vem o Portugal são os 100 anos das aparições, por isso é que foi convidado”, observou.
O número dois do Vaticano afirmou que Francisco “quer concentrar-se
nesta celebração” do centenário, na Cova da Iria, partilhando com os
peregrinos "a devoção e a mensagem de Fátima, que está muito presente no
seu magistério".
O cardeal italiano acrescentou que uma visita pontifícia exige
“preparação adequada” embora Fátima já esteja habituada e tenha
“capacidade de acolhimento e de resposta em tempo breve”.
Nesse sentido, realçou, é preciso esperar respostas “mais detalhadas”, que não deverão “demorar muito”.
“Sabemos que o Papa virá aqui”, insistiu, falando numa “grande alegria”.
De regresso a Roma, precisou, quer falar “desta experiência” de presidir à peregrinação com o Papa.
“Se dali nasce qualquer coisa, não sei”, prosseguiu.
D. Pietro Parolin disse, por outro lado, que Fátima é um Santuário
que sempre considerou como “muito caro” e um “ponto de referência” da
sua espiritualidade mariana.
O 99.º aniversário das aparições na Cova da Iria é uma data
“particularmente significativa”, tendo em vista as grandes celebrações
do próximo ano.
Em relação aos recentes problemas que surgiram em Portugal
relativamente ao pagamento do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no
âmbito de aplicação da Concordata, o cardeal Parolin recorda que “há uma
Comissão Paritária” que enfrenta os problemas que surgem, sendo este “o
modo normal” de superar eventuais dúvidas.
“Há sempre dificuldades, mas fazem parte da vida, não tenhamos demasiado medo”, sublinhou.
D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, apresentou o cardeal
italiano e manifestou a “alegria e honra” do Santuário por contar com a
presença do secretário de Estado do Vaticano.
Francisco será o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI
(13 de maio de 1967), João Paulo II (12-15 de maio de 1982; 10-13 de
maio de 1991; 12-13 de maio de 2000) e Bento XVI (11-14 de maio de
2010).
São João Paulo II cumpriu ainda uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central.
(Agência Ecclesia)
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