(RV) Na
manhã deste domingo, dia 16 de outubro o Papa Francisco presidiu à
celebração eucarística de canonização de sete novos santos. Comecemos
por conhecer o perfil de cada um dos novos santos num trabalho de
Silvonei José, nosso colega do programa brasileiro:
• Salomão Leclercq, mártir, natural da França, da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs ou Lassalistas, durante os anos violentos da Revolução Francesa, foi preso e assassinado barbaramente, em 1792, no jardim do Convento dos Carmelitas, teatro de um dos mais terríveis massacres.
• José Sanchez do Río, leigo e mártir, nascido no estado de Michoacan, México. Com a explosão da guerra chamada “cristera”, durante a perseguição religiosa, com apenas 14 anos, foi preso e torturado para que regasse à sua fé. Foi assassinado, em 1928, no cemitério da sua terra natal. Suas últimas palavras foram: “Viva Cristo Rei! Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”
• Manuel González Garcia, nasceu em Sevilha, Espanha. Ao se tornar sacerdote fundou a “Obra das Três Marias e dos Discípulos de São João. Sendo ordenado Bispo auxiliar de Málaga, fundou a União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré. Durante a guerra civil espanhola, revolucionários queimaram quase todas as igrejas e a sede episcopal. Dom Manuel, escritor de obras de espiritualidade eucarística e catequética, faleceu em Madri em 1940.
• Ludovico Pavoni nasceu em Brescia, norte da Itália, sacerdote, dedicou-se aos pobres e abandonados, para os quais fundou o Instituto de São Barnabé, do qual nasceu a Congregação dos Filhos de Maria Imaculada. Deu um notável impulso às atividades editoriais e tipográficas. Durante o conflito dos “Dez Dias” em Brescia, Padre Ludovico tentou salvar seus jovens dos saques e das violências, foi acometido por uma broncopneumonia, vindo a falecer em 1949.
• Afonso Maria Fusco, sacerdote, nasceu na província italiana de Salerno, dedicou-se com grande zelo ao sacramento da Reconciliação e à pregação assídua da Palavra de Deus. Para ir ao encontro da instrução dos menores pobres, abriu uma escola em sua casa, que, posteriormente, se concretizou com a fundação da Congregação das Irmãs de São João Batista. A nova Instituição dedicou-se à educação das crianças órfãs e necessitadas. Padre Fusco faleceu em 1910, em Agri, sua cidade natal.
• Isabel da Santíssima Trindade, monja professa francesa, da Ordem das Carmelitas Descalças, nasceu no campo militar francês de Avor, em Bourges. Aos 18 anos, fez o voto de virgindade, que a levou a se dedicar à vida monacal do Carmelo de Dijon. A “grande mística” carmelita, contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus, morreu em 1906, aos 26 anos, após um longo sofrimento, que suportou com fé e amor, devido à doença de Addison.
• José Gabriel do Rosário Brochero, sacerdote diocesano, nasceu em Cordova, Argentina, em 1840. conhecido como “El cura Brochero”, assim chamado, carinhosamente, pelos antigos moradores das áreas rurais da Argentina, Uruguai e do Sul do Brasil. O Padre gaúcho percorreu a Argentina, em cima de uma mula, para levar a educação e a mensagem do Evangelho de Jesus aos povos das regiões mais remotas e pobres do país. Divulgou a prática dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, conseguindo muitas conversões. Apesar de ser acometido pela hanseníase, continuou a levar adiante a sua missão pastoral. O “El cura Brochero” faleceu em 1914 e foi beatificado pelo Papa Francisco em 2013.
Durante seus 3 anos e meio de Pontificado, Francisco proclamou 29 santos, em oito cerimónias no Vaticano, duas fora da Itália (EUA e Sri Lanka) e sete canonizações por equipolência ou seja, sem necessidade de outro milagre. Entre os santos proclamados por Francisco recordamos, entre outros, os Papas João XXIII e João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá e o Padre José de Anchieta.
Na homilia da Missa celebrada na Praça de S. Pedro o Papa Francisco afirmou que rezar é lutar e deixar que também o Espírito Santo reze em nós. O Santo Padre recordou o valor da oração na celebração de canonização de sete novos santos que “combateram a boa batalha da fé e do amor com a oração”.
O martírio e a proximidade aos pobres e aos doentes. É este o caráter comum que une os sete novos santos proclamados por Francisco. Santos que não são só um exemplo para a nossa vida quotidiana, mas que, sobretudo, nos ensinam o valor da oração:
“Os santos são homens e mulheres que entram profundamente no mistério da oração. Homens e mulheres que lutam com a oração, deixando rezar e lutar neles o Espírito Santo; lutam até ao limite, com todas as suas forças, e vencem, mas não sozinhos: o Senhor vence neles e com eles.”
E estas sete testemunhas agora canonizadas “combateram a boa batalha da fé e do amor com a oração” – sublinhou o Santo Padre:
“ Por isto permaneceram firmes na fé, com o coração generoso e fiel. Pelo seu exemplo e sua intercessão, Deus conceda também a nós de sermos homens e mulheres de oração; de gritar dia e noite a Deus, sem nos cansarmos; de deixar que o Espírito Santo reze em nós, e de rezar apoiando-nos uns aos outros para permanecer com os braços levantados, até que vença a Divina Misericórdia.”
O cansaço é inevitável – disse o Papa – mas com o apoio dos nossos irmãos e com a oração podemos seguir em frente. O agir cristão necessita de comportamentos bem concretos: “ser firmes na oração para permanecer firmes na fé e no testemunho” – afirmou Francisco.
No final da Missa celebrada na Praça de S. Pedro o Papa Francisco recitou a oração do Angelus. Na sua mensagem o Santo Padre saudou os fiéis vindos de vários países, em particular, aqueles que vieram dos países de origem dos sete santos canonizados nesta celebração. Delegações oficiais da Argentina, Espanha, França. Itália e México. “O exemplo e a intercessão destas luminosas testemunhas sustenham o empenho de cada um nos respetivos âmbitos de trabalho e de serviço, para o bem da Igreja e da comunidade civil” – disse Francisco.
Entretanto, o Papa Francisco referiu-se ao Dia Mundial contra a pobreza que tem lugar nesta segunda-feira dia 17 de outubro:
“Unemos as nossas forças, morais e económicas, para lutar juntos contra a pobreza que degrada, ofende e mata tantos irmãos e irmãs, fazendo políticas sérias para as famílias e para o trabalho” – disse o Santo Padre na oração do Angelus neste domingo dia 16 de outubro.
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.
(RS)
• Salomão Leclercq, mártir, natural da França, da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs ou Lassalistas, durante os anos violentos da Revolução Francesa, foi preso e assassinado barbaramente, em 1792, no jardim do Convento dos Carmelitas, teatro de um dos mais terríveis massacres.
• José Sanchez do Río, leigo e mártir, nascido no estado de Michoacan, México. Com a explosão da guerra chamada “cristera”, durante a perseguição religiosa, com apenas 14 anos, foi preso e torturado para que regasse à sua fé. Foi assassinado, em 1928, no cemitério da sua terra natal. Suas últimas palavras foram: “Viva Cristo Rei! Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”
• Manuel González Garcia, nasceu em Sevilha, Espanha. Ao se tornar sacerdote fundou a “Obra das Três Marias e dos Discípulos de São João. Sendo ordenado Bispo auxiliar de Málaga, fundou a União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré. Durante a guerra civil espanhola, revolucionários queimaram quase todas as igrejas e a sede episcopal. Dom Manuel, escritor de obras de espiritualidade eucarística e catequética, faleceu em Madri em 1940.
• Ludovico Pavoni nasceu em Brescia, norte da Itália, sacerdote, dedicou-se aos pobres e abandonados, para os quais fundou o Instituto de São Barnabé, do qual nasceu a Congregação dos Filhos de Maria Imaculada. Deu um notável impulso às atividades editoriais e tipográficas. Durante o conflito dos “Dez Dias” em Brescia, Padre Ludovico tentou salvar seus jovens dos saques e das violências, foi acometido por uma broncopneumonia, vindo a falecer em 1949.
• Afonso Maria Fusco, sacerdote, nasceu na província italiana de Salerno, dedicou-se com grande zelo ao sacramento da Reconciliação e à pregação assídua da Palavra de Deus. Para ir ao encontro da instrução dos menores pobres, abriu uma escola em sua casa, que, posteriormente, se concretizou com a fundação da Congregação das Irmãs de São João Batista. A nova Instituição dedicou-se à educação das crianças órfãs e necessitadas. Padre Fusco faleceu em 1910, em Agri, sua cidade natal.
• Isabel da Santíssima Trindade, monja professa francesa, da Ordem das Carmelitas Descalças, nasceu no campo militar francês de Avor, em Bourges. Aos 18 anos, fez o voto de virgindade, que a levou a se dedicar à vida monacal do Carmelo de Dijon. A “grande mística” carmelita, contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus, morreu em 1906, aos 26 anos, após um longo sofrimento, que suportou com fé e amor, devido à doença de Addison.
• José Gabriel do Rosário Brochero, sacerdote diocesano, nasceu em Cordova, Argentina, em 1840. conhecido como “El cura Brochero”, assim chamado, carinhosamente, pelos antigos moradores das áreas rurais da Argentina, Uruguai e do Sul do Brasil. O Padre gaúcho percorreu a Argentina, em cima de uma mula, para levar a educação e a mensagem do Evangelho de Jesus aos povos das regiões mais remotas e pobres do país. Divulgou a prática dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, conseguindo muitas conversões. Apesar de ser acometido pela hanseníase, continuou a levar adiante a sua missão pastoral. O “El cura Brochero” faleceu em 1914 e foi beatificado pelo Papa Francisco em 2013.
Durante seus 3 anos e meio de Pontificado, Francisco proclamou 29 santos, em oito cerimónias no Vaticano, duas fora da Itália (EUA e Sri Lanka) e sete canonizações por equipolência ou seja, sem necessidade de outro milagre. Entre os santos proclamados por Francisco recordamos, entre outros, os Papas João XXIII e João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá e o Padre José de Anchieta.
Na homilia da Missa celebrada na Praça de S. Pedro o Papa Francisco afirmou que rezar é lutar e deixar que também o Espírito Santo reze em nós. O Santo Padre recordou o valor da oração na celebração de canonização de sete novos santos que “combateram a boa batalha da fé e do amor com a oração”.
O martírio e a proximidade aos pobres e aos doentes. É este o caráter comum que une os sete novos santos proclamados por Francisco. Santos que não são só um exemplo para a nossa vida quotidiana, mas que, sobretudo, nos ensinam o valor da oração:
“Os santos são homens e mulheres que entram profundamente no mistério da oração. Homens e mulheres que lutam com a oração, deixando rezar e lutar neles o Espírito Santo; lutam até ao limite, com todas as suas forças, e vencem, mas não sozinhos: o Senhor vence neles e com eles.”
E estas sete testemunhas agora canonizadas “combateram a boa batalha da fé e do amor com a oração” – sublinhou o Santo Padre:
“ Por isto permaneceram firmes na fé, com o coração generoso e fiel. Pelo seu exemplo e sua intercessão, Deus conceda também a nós de sermos homens e mulheres de oração; de gritar dia e noite a Deus, sem nos cansarmos; de deixar que o Espírito Santo reze em nós, e de rezar apoiando-nos uns aos outros para permanecer com os braços levantados, até que vença a Divina Misericórdia.”
O cansaço é inevitável – disse o Papa – mas com o apoio dos nossos irmãos e com a oração podemos seguir em frente. O agir cristão necessita de comportamentos bem concretos: “ser firmes na oração para permanecer firmes na fé e no testemunho” – afirmou Francisco.
No final da Missa celebrada na Praça de S. Pedro o Papa Francisco recitou a oração do Angelus. Na sua mensagem o Santo Padre saudou os fiéis vindos de vários países, em particular, aqueles que vieram dos países de origem dos sete santos canonizados nesta celebração. Delegações oficiais da Argentina, Espanha, França. Itália e México. “O exemplo e a intercessão destas luminosas testemunhas sustenham o empenho de cada um nos respetivos âmbitos de trabalho e de serviço, para o bem da Igreja e da comunidade civil” – disse Francisco.
Entretanto, o Papa Francisco referiu-se ao Dia Mundial contra a pobreza que tem lugar nesta segunda-feira dia 17 de outubro:
“Unemos as nossas forças, morais e económicas, para lutar juntos contra a pobreza que degrada, ofende e mata tantos irmãos e irmãs, fazendo políticas sérias para as famílias e para o trabalho” – disse o Santo Padre na oração do Angelus neste domingo dia 16 de outubro.
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.
(RS)
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