(RV) O prefeito da Congregação para as Igrejas
Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, levou a saudação e o encorajamento
do Papa às comunidades cristãs e aos refugiados sírios e iraquianos que
se encontram na Jordânia. O purpurado chegou esta segunda-feira (17/10) a
Roma proveniente da Jordânia, onde participou, como enviado especial do
Pontífice, das cerimônias de reabertura do Santuário-Memorial de
Moisés, localizado no Monte Nebo. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o
que disse o cardeal argentino:
Card. Leonardo Sandri:- “Tive a oportunidade de saudar grupos de
refugiados, sobretudo iraquianos, e lhes transmiti o encorajamento e a
bênção do Papa, dizendo-lhes que devem sentir que o Papa e toda a Igreja
está com eles, que jamais devem perder a esperança na ajuda de Deus e
na força que Senhor lhes dá para poder construir um futuro.”
RV: À luz dos pertinentes pronunciamentos do Papa, quais seus apelos
aos responsáveis das nações envolvidas nas questões médio-orientais?
Card. Leonardo Sandri:- “Aproveitando da minha presença em nome do
Papa, exatamente no Monte Nebo, de onde Moisés avistou a Terra
Prometida, referi-me às ‘muitas promessas’ que evocamos todos os dias: a
paz, a cessação das guerras e da violência em nome de Deus. E, então,
disse que todos nós esperávamos nesta ‘terra prometida’, nestes novos
céus e nova terra, num futuro de fraternidade, solidariedade espírito
de respeito pela dignidade do homem e da mulher no mundo inteiro. É uma
nova terra prometida a ser construída, apesar de todas as dificuldades
do mundo de hoje.”
RV: Como os cristãos, sobretudo sírios e iraquianos, estão vivendo
estas horas da notícia da ofensiva contra os redutos do autodenominado
Estado Islâmico?
Card. Leonardo Sandri:- “Esta notícia traz a todos um suspiro de
esperança. Certamente, porém, uma esperança que será provavelmente
dolorosa, porque trará outras vítimas e, sobretudo, o que tememos é que
possa ter inocentes ‘usados’ nestas circunstâncias como ‘escudos’ contra
os inimigos. Portanto, esperamos que essa ofensiva seja levada adiante
com o menor dano possível para as pessoas, para as crianças, sobretudo, e
para todos aqueles que ainda sofrem tanto.”
(RL)
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