(RV) Terça-feira,
11 de outubro: na Missa em Santa Marta o Papa disse não à religião da
aparência e afirmou que a liberdade cristã vem de Jesus e “não das
nossas obras”. Francisco desenvolveu a sua homilia partindo da Carta de
São Paulo aos Gálatas para depois refletir sobre o Evangelho do dia, no
qual Jesus repreende um fariseu que só dava atenção às aparências e não à
substância da fé.
Ao doutor da lei que tinha criticado Jesus, porque não tinha feito o
rito de purificação antes do almoço, o Senhor responde claramente –
disse o Papa:
“‘Vocês fariseus limpam o externo do copo e do prato mas por
dentro vocês estão cheio de avidez e de maldade’. Jesus repete isso
muitas vezes no Evangelho a esta gente: ‘vocês são maus por dentro, não é
justo, não é livre. Vocês são escravos porque não aceitaram a justiça
que vem de Deus, a justiça que nos deu Jesus’”.
O Santo Padre recordou a passagem do Evangelho na qual Jesus
recomenda que se reze sem ser visto, sem aparecer. Mas, alguns –
observou o Papa – “não tinham vergonha” e rezavam e davam esmolas para
serem vistos. Mas o caminho é aquele da humildade e da liberdade da
redenção – afirmou Francisco:
“Aquela liberdade interna, aquela liberdade de se fazer o bem
escondido, sem tocar os trompetes, porque a estrada da verdadeira
religião é a mesma de Jesus: a humildade, a humilhação. E Jesus, Paulo
diz aos Filipenses, humilhou a Si mesmo, esvaziou a Si mesmo. É a única
estrada para nos tirar o egoísmo, a cobiça, a soberba, a vaidade, a
mundanidade. Ao contrário, esta gente que Jesus repreende é gente que
segue a religião da maquiagem: a aparência, o aparecer, fingir parecer
mas por dentro... Jesus usa para esta gente uma imagem muito forte:
‘Vocês são túmulos reluzentes, bonitos por fora mas dentro cheios de
ossos de mortos e podridão’”.
No final da sua homilia o Papa Francisco sublinhou que Jesus nos
convida a fazer o bem com humildade e rejeitando as aparências. A
redenção “vem pela estrada da humildade e das humilhações porque não se
chega à humildade sem as humilhações” – disse o Santo Padre.
“Peçamos ao Senhor que não nos cansemos de caminhar por esta
estrada, de não nos cansarmos de rejeitar esta religião da aparência, do
parecer, do fingir ser...” – concluiu Francisco.
(RS/RB)
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