(RV) “A
religião não divide e não gera violência”: eis a mensagem do Cardeal
Jean-Louis Tauran, Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo
Inter-religioso, na inauguração, na tarde desta quinta-feira, em Rimini,
parte centro-ocidental da Itália, do tradicional Encontro de Amizade
entre os Povos, promovido pelo Movimento “Comunhão e Libertação”.
Juntamente com expoentes do Islamismo e do Judaísmo, o Cardeal Tauran
recorda que “as religiões não devem ser um problema, mas parte da sua
solução, num mundo ferido pelo fundamentalismo e aterrorizado por
atentados, perpetrados por uma minoria anónima.
Os três expoentes das grandes religiões monoteístas afirmam o seu
“não” decidido aos sectarismos e às deviações e o seu “sim” ao respeito
da dignidade humana e a uma responsabilidade sempre maior dos guias
espirituais.
O Cardeal Tauran, por sua vez, frisa que “a tolerância é um termo que
implica a ideia de aceitação e não de partilha”. É preciso dar um passo
em frente, afirma, acatando a existência do outro como condição
essencial da própria existência. Eis a prova que enriquece a vida de um
ser humano.
Vivemos num mundo muito paradoxal, conclui o Cardeal francês: de um
lado, alguns proclamam a morte de Deus e a não necessidade de Deus; de
outro, nunca se ouviu falar tanto de Deus, como nos nossos dias.
“Cristãos, Judeus e Muçulmanos devem acolher três desafios: a identidade
da nossa fé; o altruísmo com os irmãos das outras religiões; enfim,
sinceridade nas nossas intenções. O diálogo inter-religioso deve
favorecer a conversão, o diálogo e a verdade”! (BS/MT)
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