Cidade
do Vaticano (RV) – O Papa recebeu, na manhã desta sexta-feira (7/8)
cerca de 2 mil jovens “mejistas” do mundo inteiro. Reunidos em Roma para
comemorar os 100 anos do Movimento Eucarístico Jovem, eles puderam
fazer perguntas diretamente a Francisco – que as respondeu de maneira
espontânea e sincera.
Uma
delegação brasileira também marcou presença na audiência com o Papa.
Ana Carolina Santos Cruz, 19 anos, de São Paulo (SP), fez uma das
perguntas ao Pontífice.
– Qual foi o maior desafio ou dificuldade que o senhor Papa enfrentou na Missão como religioso?
“Saber distinguir a verdadeira paz de Jesus”, respondeu o Papa.
“A verdadeira paz vem sempre de
Jesus. Mesmo se, às vezes, embrulhada em uma cruz. Mas, é Jesus que te
dá a paz naquela prova. Ao contrário, a paz superficial, aquela que te
deixa 'um pouco contente', vem do inimigo, do diabo”.
Tensão e conflito
Destacando a questão da tensão e do
conflito colocados por outros jovens, o Papa disse que as tensões
desenvolvem a coragem e fazem crescer. “Um jovem deve ter a virtude da
coragem. Um jovem sem coragem é um jovem aguado, um jovem velho. Às
vezes quero dizer, e já disse, aos jovens: por favor, não se aposentem”.
O Papa então recordou que as tensões
se resolvem com o diálogo e que a elas o jovem não deve se apegar muito
porque, no final, fazem mal. “Um jovem que só sabe viver na tensão está
doente”, afirmou o Papa.
Sobre os conflitos culturais,
Francisco voltou a pedir respeito pela diversidade, verdadeira riqueza
de um povo. “Uma cultura com tantas culturas diferentes dentro, deve
procurar a unidade mas com o respeito a cada uma das identidades. O
conflito se resolve com o respeito à identidade”, reiterou o Papa.
Por fim, Francisco recordou que a
memória de Jesus está presente e nos salva na Eucaristia. “Não é um
ritual somente, uma cerimônia. É uma outra coisa. É ir até o Calvário,
onde Jesus deu sua vida por mim. Cada um deve dizer isso”, finalizou o
Papa. (RB)
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