11 agosto, 2015

Um tio cuidadoso e atento à família - Sobrinho do Papa Francisco



(RV) Um tio cuidadoso e atento, que dava sempre “bons conselhos”. É com candura e simplicidade que José Ignacio Bergoglio fala do tio, Papa Francisco, numa entrevista à jornalista Josefina Giancaterino Stegmann, do quotidiano espanhol “Abc”.

Ele sublinha ainda que o Papa sempre apoiou a família de perto e de longe. “Na noite da sua eleição à Sé de Pedro – recorda José Ignacio – telefonou à minha mãe, Maria Elena, e à pergunta “como estás?”, ele respondeu “Bem, minha gorduchinha”. Depois  acrescentou: “Não podia recusar”.

O sobrinho do Papa Francisco põe ainda em evidência que foi a avó, Rosa, quem ensinou ao Papa a rezar e, os seus pais, Regina e Mário, lhe transmitiram aqueles valores que foram depois passados  “a todos nós” – disse.

José Ignacio recorda ainda que a mãe do Papa, Regina, não aceitou, muito bem, inicialmente, a decisão de Jorge Mário Bergoglio de se tornar sacerdote, pois pensava que deste modo “teria perdido o filho maior”. Mas acabou por aceitar a situação, sentindo-se, depois, feliz. Para dizer a verdade, o meu tio – conta o sobrinho – tinha prometido à minha avó que ia iniciar os estudos de medicina, mas depois “optou por curar as almas”. E um dia - afirma ainda José Ignacio - “mamã Regina entrou no quarto do meu tio e, com grande surpresa, descobriu que estava a fazer um curso para entrar no seminário”. Estavam lá livros em latim, de teologia… E a avó disse – “O Jorge mentiu-me”. “Não, mamã, estudo medicina para as almas”.

Ao traçar um retrato a 380 graus do tio, o sobrinho sublinha ainda que o tio sempre gostou de cozinhar, e de preparar refeições para os amigos. E sempre apreciou a comida italiana. “É claro que hoje” – continua ainda o sobrinho – “já não cozinha, mas levanta-se cedo, às quatro da manhã, faz a sua cama, reza e depois começa a trabalhar”.

E a propósito do consenso cada vez maior de que goza o Papa Francisco junto das pessoas, o jornal italiano “L’Unità” de 10 deste mês abriu a primeira página com a publicação dos resultados de uma sondagem exclusiva efetuada num campeão de mil pessoas entre crentes e não crentes. Através desses dados publicados em duas páginas inteiras, nota-se, escreve a jornalista Maria Zegarelli, que o “Papa Francisco e a sua suave, mas potente revolução, está a reabrir um diálogo profundo, e não só com os crentes, mas com grande parte da sociedade laica”.

Segundo este jornal fundados por António Gramsci, a maioria dos crentes aprova a abertura do Pontífice em relação aos divorciados, acha que o Papa está mais à frente em relação aos bispos em numerosos temas e elogia a sua disponibilidade em ouvir as pessoas” – refere o jornal do Vaticano “L’Osservatore Romano”, citando l’Unità.

(DA)

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