(RV) O Papa Francisco preside, na manhã deste
domingo (16/10), na Praça São Pedro, à Santa Missa de Canonização de
sete novos santos da Igreja católica.
São eles: Salomão Leclercq (1745-1792), José Sanchez do Río
(1913-1928), Manuel González Garcia (1877-1940), Ludovico Pavoni
(1784-1849), Afonso Maria Fusco (1839-1910), Isabel da Santíssima
Trindade (1880-1906) e José Gabriel do Rosário Brochero (1840-1914).
• Salomão Leclercq, mártir, natural da França, da Congregação dos
Irmãos das Escolas Cristãs ou Lassalistas, durante os anos violentos da
Revolução Francesa, foi preso e assassinado barbaramente, em 1792, no
jardim do Convento dos Carmelitas, teatro de um dos mais terríveis
massacres.
• José Sanchez do Río, leigo e mártir, nascido no estado de
Michoacan, México. Com a explosão da guerra chamada “cristera”, durante a
perseguição religiosa, com apenas 14 anos, foi preso e torturado para
que regasse à sua fé. Foi assassinado, em 1928, no cemitério da sua
terra natal. Suas últimas palavras foram: “Viva Cristo Rei! Viva Nossa
Senhora de Guadalupe!”
• Manuel González Garcia, nasceu em Sevilha, Espanha. Ao se tornar
sacerdote fundou a “Obra das Três Marias e dos Discípulos de São João.
Sendo ordenado Bispo auxiliar de Málaga, fundou a União Eucarística
Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de
Nazaré. Durante a guerra civil espanhola, revolucionários queimaram
quase todas as igrejas e a sede episcopal. Dom Manuel, escritor de obras
de espiritualidade eucarística e catequética, faleceu em Madrid em
1940.
• Ludovico Pavoni nasceu em Brescia, norte da Itália, sacerdote,
dedicou-se aos pobres e abandonados, para os quais fundou o Instituto de
São Barnabé, do qual nasceu a Congregação dos Filhos de Maria
Imaculada. Deu um notável impulso às actividades editoriais e
tipográficas. Durante o conflito dos “Dez Dias” em Brescia, Padre
Ludovico tentou salvar seus jovens dos saques e das violências, foi
acometido por uma broncopneumonia, vindo a falecer em 1949.
• Afonso Maria Fusco, sacerdote, nasceu na província italiana de
Salerno, dedicou-se com grande zelo ao sacramento da Reconciliação e à
pregação assídua da Palavra de Deus. Para ir ao encontro da instrução
dos menores pobres, abriu uma escola em sua casa, que, posteriormente,
se concretizou com a fundação da Congregação das Irmãs de São João
Batista. A nova Instituição dedicou-se à educação das crianças órfãs e
necessitadas. Padre Fusco faleceu em 1910, em Agri, sua cidade natal.
• Isabel da Santíssima Trindade, monja professa francesa, da Ordem
das Carmelitas Descalças, nasceu no campo militar francês de Avor, em
Bourges. Aos 18 anos, fez o voto de virgindade, que a levou a se dedicar
à vida monacal do Carmelo de Dijon. A “grande mística” carmelita,
contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus, morreu em 1906, aos 26
anos, após um longo sofrimento, que suportou com fé e amor, devido à
doença de Addison.
• José Gabriel do Rosário Brochero, sacerdote diocesano, nasceu em
Cordova, Argentina, em 1840. conhecido como “El cura Brochero”, assim
chamado, carinhosamente, pelos antigos moradores das áreas rurais da
Argentina, Uruguai e do Sul do Brasil. O Padre gaúcho percorreu a
Argentina, em cima de uma mula, para levar a educação e a mensagem do
Evangelho de Jesus aos povos das regiões mais remotas e pobres do país.
Divulgou a prática dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola,
conseguindo muitas conversões. Apesar de ser acometido pela hanseníase,
continuou a levar adiante a sua missão pastoral. O “El cura Brochero”
faleceu em 1914 e foi beatificado pelo Papa Francisco em 2013.
Durante seus 3 anos e meio de Pontificado, Francisco proclamou 29
santos, em oito cerimónias no Vaticano, duas fora da Itália (EUA e Sri
Lanka) e sete canonizações por equipolência ou seja, sem necessidade de
outro milagre. Entre os santos proclamados por Francisco recordamos,
entre outros, os Papas João XXIII e João Paulo II, Madre Teresa de
Calcutá e o Padre José de Anchieta. (BS/MT)
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