25 outubro, 2016

Francisco encontra os irmãos Jesuítas na Cúria Geral

 

(RV) Cidade do Vaticano – Visita a surpresa do Papa Francisco aos seus irmãos jesuítas na manhã desta segunda-feira (24/10). Às 9h, de Roma, o Papa foi à Cúria Geral da Companhia de Jesus e participou da 36ª Congregação Geral e da oração com os 215 delegados provenientes de todo o mundo. O Pontífice foi acolhido pelo novo Superior Geral, o venezuelano Padre Arturo Sosa Abascal. 

“Buscar a alegria não pode ser confundido com buscar ‘um efeito especial’: é ‘sair rumo às periferias’”, disse o Papa aos jesuítas, num discurso pronunciado em língua espanhola, recordando também que “é dever específico da Companhia consolar o povo fiel e ajudar com o discernimento, a fim de que os inimigos da natureza humana não nos roubem a alegria: a alegria de evangelizar, a alegria da família, da Igreja, a alegria da Criação”.

“Não se pode dar uma boa notícia com a cara triste”, advertiu, acrescentando que “a alegria não é um algo ‘a mais’ decorativo, mas sim, um ‘índice da graça’, que indica que o amor é atractivo, operante, presente”. 

O Papa exortou, sobretudo neste ano do Jubileu da Misericórdia que está prestes a terminar, a “deixar-se comover pelo Senhor crucificado presente em ‘tantos irmãos que sofrem’ e que são ‘a grande maioria da humanidade’”.

“A misericórdia não é uma palavra abstracta, mas um estilo de vida que antepõe à palavra, os gestos concretos que tocam a carne do próximo e se institucionalizam em obras de misericórdia”.

Portanto, “a alegria do anúncio explícito do Evangelho – mediante a pregação da fé e a prática da justiça e da misericórdia é o que leva a Companhia a sair para as periferias”.  

Mas – advertiu Francisco - é preciso fazer tudo isso sem perder a paz e com muita alegria. Considerando os pecados que vemos, seja em nós como pessoas, como nas estruturas que criamos, carregar a Cruz implica experimentar a pobreza e as humilhações.

“Os jesuítas – concluiu dizendo Francisco – não caminham nem sozinhos nem na comodidade, mas num percurso junto com todo o povo de Deus, tentando sempre ajudar alguém. Só assim, a Companhia pode ter o rosto, o acento e o modo de ser de todos os povos e de cada cultura”.  

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