(RV) A
viagem do Papa Francisco à Geórgia e ao Azerbaijão que teve lugar de 30
de setembro a 2 de outubro, deixou muita alegria nos poucos católicos
caucasianos. A visita do Santo Padre suscitou também um sentimento geral
de respeito e estima, uma oportunidade para relançar o diálogo numa
terra, muitas vezes, ferida por conflitos. A nossa colega da RV,
Gabriela Ceraso, falou com D. Giuseppe Pasotto, Administrador Apostólico
do Cáucaso:
“Foi uma visita intensa. Fomos tantos os que disseram: ‘Mas que belo
que foi!’ Foram belos os input que nos deu o Papa. A minha função será
retomar tudo para que não se perca e para andar um pouco mais dentro.”
“Foi uma grande catequese, muito simples, colocando no centro os
temas da mulher, da família, dos idosos, dos avós, da transmissão da fé.
A certa altura até disse: ‘A Igreja é mulher’. Eu gostei porque a
mulher georgiana é muito forte: é precisamente ela que mantêm a
sociedade; e gostei que tenha valorizado esta figura, na sociedade mas
também na Igreja. Isto vai-nos fazer trabalhar sobre o tema da mulher. E
depois falou também sobre a família: foi muito claro sobre as divisões
na família, sobre o divórcio, sobre a teoria do género, ou seja, todos
os temas que para nós são importantes, porque por causa do Sínodo
trabalhamos muito – somos uma pequena Igreja – mas trabalhamos muito
bem.”
Relativamente ao caminho ecuménico D. Pasotto referiu, nesta
entrevista à RV, que alguns bispos ortodoxos no final do primeiro dia do
Papa no país confidenciaram-lhe que será necessário dar mais passos no
futuro.
Também nesta entrevista D. Pasotto sublinhou o comentário do
Patriarca Ortodoxo Elias II logo após o encontro com o Papa afirmando
não estar contente mas “contentíssimo”.
O Administrador Apostólico do Cáucaso está convencido de que “o
compromisso” que ambos tomaram o Papa Francisco e o Patriarca Elias II
de rezarem “um pelo outro” dará no futuro “algum fruto”.
(RS)
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