(RV) Terça-feira,
25 de outubro: na Missa na Capela da Casa de Santa Marta o Papa
Francisco afirmou que é com a docilidade que o Reino de Deus cresce e
não com organogramas. O Santo Padre sublinhou que a Lei não é só para
ser estudada mas para ser “caminhada”.
A Lei “é para a vida, é para ajudar a fazer o Reino” pois “também o
Reino está em caminho” – disse Francisco. Bem-aventurados aqueles que
“caminham na Lei do Senhor”:
“O que é o Reino de Deus? Talvez o Reino de Deus seja uma estrutura
bem feita, tudo em ordem, organogramas bem feitos, tudo… e aquilo que
não entra ali, não é o Reino de Deus. Não. Com o Reino de Deus acontece o
mesmo que pode acontecer com a Lei: o imobilismo, a rigidez … A lei é
para ser caminhada, o Reino de Deus está em caminho. Não está parado.
Mais ainda: o Reino de Deus faz-se todos os dias.”
Francisco recordou na sua homilia que Jesus falava através de
parábolas acerca de coisas da vida quotidiana: o fermento que “não
permanece fermento”, porque, no final, “mistura-se com a farinha”, está,
portanto, “em caminho e faz o pão”. E depois a semente que “não
permanece semente” porque “morre e dá vida à árvore”. “Fermento e
semente – observou Francisco – estão em caminho para fazer algo”, mas
para isso “morrem”. “Não é um problema de pequenez, de pouca ou grande
coisa. É um problema – destacou o Santo Padre – de caminho, e no caminho
acontece a transformação”.
Segundo o Santo Padre alguém que vê a Lei e não caminha tem uma
atitude fixa, “uma atitude de rigidez” e o Reino de Deus cresce com a
docilidade:
“Qual é o comportamento que o Senhor nos pede para que o Reino de
Deus cresça e seja pão para todos e habitação, também, para todos? A
docilidade. O Reino de Deus cresce com a docilidade à força do Espírito
Santo.”
É com a docilidade ao Espírito Santo que se faz todos os dias o Reino
de Deus – afirmou o Papa – e a rigidez “faz-nos órfãos, sem Pai”.
“O rígido tem apenas patrões, não um pai. O Reino de Deus é como uma
mãe que cresce e fecunda, dá-se a si mesma para que os filhos tenham
comida e teto, de acordo com o exemplo do Senhor. Hoje é um dia para
pedir a graça e a docilidade ao Espírito Santo” – salientou Francisco no
final da sua homilia.
(RS)
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