Já estou habituado, Senhor!
São cinco da manhã e acordo
com frases a bailarem-me na cabeça.
Desisto de dormir e deixo-me
levar na meditação da madrugada que já cria rotina em mim.
“Quem se humilha será exaltado”!
E eu penso: Isto não é para
mim, que de humildade estamos conversados.
Mas deixo-me conduzir, (assim
o espero), e logo me vem o pensamento: Mas eu não quero ser exaltado! Quero
permanecer humilhado!
Mas o teu Mestre foi humilhado
e depois foi exaltado!?
Pois por isso, digo eu para
mim próprio, seria vaidade a mais querer ser como o Mestre!
Além disso o Mestre podia,
pode e deve ser sempre exaltado, porque permanece sempre humilde no seu amor
totalmente doado.
Ai, Senhor, que luta esta que
todos os dias me dás de lutar contra o orgulho, a vaidade, de tal modo que já
não sei se sou orgulhoso da luta ou se devo deixar-me ir, confiando na
compaixão com que para mim olhas e me acolhes.
Tenho medo de perguntar-Te
porque sou eu assim, não vás Tu responder-me com a Tua firme doçura: Porque Eu
quero! Quero que percebas em cada momento teu, que sou Eu que faço, que sou Eu
que te guio, e que se não fosse esse orgulho, essa vaidade, podias até julgar
que era coisa tua ou merecimento teu. Assim na tua luta voltas-te sempre para
Mim e Eu cá estou sempre para te abraçar e acalmar nas tuas dúvidas.
Olha, Senhor, não sei se mais
alguém entende isto, mas eu entendo para mim e dou-Te graças por me fazeres
assim!
Obrigado, Senhor!
Marinha Grande, 18 de Outubro
de 2019
Joaquim Mexia Alves
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