Foto Renascença |
A 26 de junho de 2018, o Papa nomeou D. José
Tolentino Mendonça como arquivista do Arquivo Secreto do Vaticano e
bibliotecário da Biblioteca Apostólica, elevando-o à dignidade de
arcebispo. O até então vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa
orientou nesse ano o retiro de Quaresma do Papa Francisco e seus mais
diretos colaboradores.
D. José Tolentino Mendonça nasceu em Machico
(Arquipélago da Madeira) em 1965, tendo sido ordenado padre em 1990 e
bispo a 28 de julho de 2018; é doutorado em Teologia Bíblica. Consultor
do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé), foi reitor do Pontifício
Colégio Português, em Roma, diretor da Faculdade de Teologia da
Universidade Católica Portuguesa e diretor do Secretariado Nacional da
Pastoral da Cultura, da Igreja Católica em Portugal. Biblista,
investigador, poeta e ensaísta, Tolentino Mendonça foi condecorado com o
grau de Comendador da Ordem de Sant’lago da Espada por Aníbal Cavaco
Silva, presidente da República, em 2015.
Em entrevista à Agência
ECCLESIA, a respeito do seu trabalho no Arquivo e Bilioteca da Santa
Sé, o futuro cardeal destacou que a sua missão é “colaborar” com o Papa.
“Isso é muito bonito de ver, porque, no espírito de todos nós, as duas
comunidades que trabalham diariamente nestas instituições, há esse
serviço: nós somos colaboradores do Papa. Isso dá um sentido à nossa
missão, que não teria se fosse só um projeto individual. Mas, mais
importante até do que esta pessoa ou aquela, é estarmos todos juntos a
colaborar para que o Papa possa governar a Igreja e ser a figura de
Pedro, hoje”, indicou.
O primeiro madeirense no Colégio Cardinalício
foi D. Teodósio Gouveia, natural de São Jorge, Santana; o arcebispo da
então Lourenço Marques (Moçambique), foi criado cardeal por Pio XII, no
consistório de 18 de fevereiro de 1946.
O brasão
episcopal de D. José Tolentino Mendonça evoca a ligação histórica de
Portugal ao Vaticano, numa homenagem “ao encontro de culturas e
alargamento de mundos”. A imagem apresenta um elefante, recordando que o
primeiro desses animais a chegar à Europa, em particular a Roma, foi
trazido pelos navegadores portugueses. O escudo, de forma gótica, é
sublinhado pelo lema episcopal do novo bibliotecário e arquivista da
Santa Sé: “Olha os lírios do campo”. Com o lírio, pretende-se assinalar o
nome do arcebispo madeirense, José, e “colocar o seu ministério
episcopal sob o olhar paterno de São José”, representado na iconografia
cristã por essa flor. No topo do escudo está uma Bíblia aberta com as
letras gregas alfa e ómega, uma referência à pessoa de Jesus Cristo.
Renascença
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