Papa Francisco num bairro pobre de Kangemi, durante a Visita Apostólica ao Quénia, em 2015
Na mensagem enviada à Assembleia Plenária do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), o Papa Francisco destaca que com a proximidade aos outros, "a Igreja renovará o seu compromisso na construção da Europa". O compromisso de caridade, é o caminho principal da vida do cristão.
Cidade do Vaticano
Teve início às 17 horas desta quinta-feira, 3, em Santiago de Compostela, Espanha, a Assembleia Plenária anual do Conselho das Conferências Episcopais da Europa, com o título: "Europa, hora de despertar? Os sinais da esperança".
Destino de muitos peregrinos de toda a europa, Santiago “é um lugar
altamente simbólico para redescobrir a grande riqueza da Europa unida na
sua tradição religiosa e cultural, porém tão marcada por múltiplas
peculiaridades que compõem a sua riqueza”, escreveu o Papa numa mensagem
enviada ao cardeal Angelo Bagnasco.
Perceber os sinais de esperança
Francisco pede aos irmãos no episcopado para que “vivam estes dias
como um caminho que perceba os sinais de esperança que constelam a
Europa dos nossos dias”. Existem muitos deles, observou ele, muitas vezes
escondidos que quase nem os percebemos.
Eles são percebidos, por exemplo, a partir da preocupação de muitos
dos nossos irmãos pelos que sofrem e passam por necessidades,
“especialmente os doentes, os presos, os pobres, os migrantes e os
refugiados; como também no compromisso no campo cultural, especialmente
na educação dos mais jovens. Eles são o futuro da Europa”.
Caridade, principal caminho da vida do cristão
Neste sentido – pede o Santo Padre – que o vosso seja um compromisso de caridade. “Este é o caminho principal da vida do cristão, como nos ensina Jesus” em Mateus 25, 35-36. “Cada vez que fazemos uma destas coisas a um dos nossos irmãos, é ao Senhor Jesus que o fazemos! Esta gratuitidade constitui um sinal tangível de esperança, já que nos leva a olhar para o outro como pessoa”.
Os populismos que crescem nos nossos dias – observou o Pontífice – “alimentam-se da busca constante de contrastes, que não abrem o coração, mas aprisionam-no entre paredes de ressentimento sufocantes. A caridade, ao contrário, abre e faz respirar. Ela não opõe as pessoas entre si, mas vê as necessidades de cada um de nós refletidas na "necessidade dos últimos", porque somos todos um pouco indigentes, todos um pouco frágeis, todos necessitados de cuidados”:
Neste sentido – pede o Santo Padre – que o vosso seja um compromisso de caridade. “Este é o caminho principal da vida do cristão, como nos ensina Jesus” em Mateus 25, 35-36. “Cada vez que fazemos uma destas coisas a um dos nossos irmãos, é ao Senhor Jesus que o fazemos! Esta gratuitidade constitui um sinal tangível de esperança, já que nos leva a olhar para o outro como pessoa”.
Os populismos que crescem nos nossos dias – observou o Pontífice – “alimentam-se da busca constante de contrastes, que não abrem o coração, mas aprisionam-no entre paredes de ressentimento sufocantes. A caridade, ao contrário, abre e faz respirar. Ela não opõe as pessoas entre si, mas vê as necessidades de cada um de nós refletidas na "necessidade dos últimos", porque somos todos um pouco indigentes, todos um pouco frágeis, todos necessitados de cuidados”:
Responsabilidade da Igreja na construção da Europa não cessou
Para ajudar a descobrir isto, o Papa Francisco propõe a figura de três grandes Santas, proclamadas por São João Paulo II co-Padroeiras da Europa no 1º de outubro de 1999: Santa Brígida da Suécia, Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein).
“Juntas, elas mostram-nos a caridade vivida na família, fundamento de toda sociedade humana e como serviço ao próximo na verdade e no sacrifício. Os seus gestos simples são cheios de esperança, porque estão repletos do amor que “move o sol e outras estrelas” e que nos torna plenamente humanos”.
Para ajudar a descobrir isto, o Papa Francisco propõe a figura de três grandes Santas, proclamadas por São João Paulo II co-Padroeiras da Europa no 1º de outubro de 1999: Santa Brígida da Suécia, Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein).
“Juntas, elas mostram-nos a caridade vivida na família, fundamento de toda sociedade humana e como serviço ao próximo na verdade e no sacrifício. Os seus gestos simples são cheios de esperança, porque estão repletos do amor que “move o sol e outras estrelas” e que nos torna plenamente humanos”.
Através do compromisso com o que é mais valioso para a tradição do
continente, isto é, “a defesa da vida e da dignidade humana, a promoção
da família e o respeito pelos direitos fundamentais da pessoa”, a Europa
poderá “crescer como uma família de povos, terra de paz e de
esperança.” E que na fidelidade ao seu Senhor e às próprias raízes,
“não falte o povo de Deus que trabalha por um novo humanismo europeu.”
VN
Sem comentários:
Enviar um comentário