Sínodo
(Vatican Media)
Terceiro dia de
trabalhos do Sinodo dos Bispos dedicado à região Pan-amazónica. Nesta
quarta-feira os trabalhos iniciaram sem a presença do Papa Francisco que
se estana na Praça de São Pedro, onde se encontrou com os fiéis e
peregrinos de todas as partes do mundo na habitual Audiência Geral.
Silvonei José – Cidade do Vaticano
Como de costume os trabalhos sinodais tiveram início com a oração da
Hora Média, presidida pelo Presidente Delegado, o cardeal brasileiro Dom
João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de vida
consagrada as Sociedades de vida apostólica.
A reflexão de introdução dos trabalhos da 5ª Congregação Geral aos
padres sinadois e membros do Sínodo nesta quarta-feira foi feita por Dom
Oscar Omar Aparicio Céspedes, arcebispo de Cochabamba, Bolívia.
O arcebispo boliviano iniciou as suas palavras recordando que os
textos bíblicos de hoje fazem um clara referência à grande misericórdia
de Deus, que ama visceralmente os seus filhos e toda a sua criação.
Depois de citar o livro de Jonas que recorda Nínive onde habitavam
mais de 120 mil seres humanos e que não sabiam distinguir o bem do mal,
recordou o texto de São Paulo que escreve à comunidade dos Corintios e
no qual expressa no que consiste o amor, e a carta aos Colossenses em
que diz acima de tudo, procurem o amor, que é o elemento da unidade. Que
a paz de Cristo atue no vosso coração.
Nada mais adequado – disse – ao que estamos a viver nestes dias a
propósito do Sínodo em espírito de comuhão. “Estamos a fazer um caminho
juntos”. O arcebispo recordou que todos foram convocados não somente
para refletir, propor e contribuir, mas também para sermos sinal visível
de paz e comunhão num só corpo.
Como os discípulos também nós podemos dizer ao Senhor, “ensinanos a
rezar”, afirmou. Com a confiança de que Ele fará isto, de modo muito
especial neste evento eclesial, infundindo nos nossos corações o espírito
de amor e capacidade de escuta, pois sabemos que oração é sobretudo
escuta.
Escuta de Deus e o que Ele nos quer dizer, - continuou Dom Aparício
-, o que Ele propõe e não os nossos pensamentos. Escuta dos nossos
irmãos, mas também, sobretudo, aqueles que com amor velam e custodiam
a nossa casa comum chamada Amazónia.
Em síntese pedimos ao Nosso Senhor Jesus que nos ensine a escutar,
ou seja, que escutemos o Espírito Santo, os povos e comunidades
amazónicas.
O arcebispo de Cochabamba concluiu pedindo a intercessão de São Luis
Beltrán, padroeiro da Colômbia, pelos padres sinodais e para a sua
missão.
VN
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