O Cardeal-Patriarca de Lisboa afirmou no encontro com colaboradores do
setor da Pastoral Social que cada comunidade deve identificar “uma
periferia” à sua volta para a colocar no centro durante o Ano Pastoral
em curso.
“Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias” é o tema do
terceiro ano de receção do Sínodo da Diocese de Lisboa, após ter
centrado os projetos diocesanos na Bíblia, no primeiro ano, e na
Liturgia, no segundo, tendo por objetivo “ativar todas as instâncias de
corresponsabilidade”. O Departamento da Pastoral Sociocaritativa do
Patriarcado de Lisboa promoveu no dia 18 de outubro, o “Dia da
Solicitude”, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal (Torres
Vedras) para apresentar o tema do Ano Pastoral e partilhar ações
programadas que o concretizam. D. Manuel Clemente sugeriu que cada
comunidade e cada grupo “olhe à sua volta” e identifique “o que é mais
periférico”, por exemplo a “grande de população idosa e só”, que “não é
visitada” nem tem possibilidade de “tratar tudo o que precisa para a sua
vida”. “Há muita gente que não participa nas nossas celebrações
paroquiais porque não tem possibilidades de se deslocar”, alertou D.
Manuel Clemente. O Patriarca de Lisboa valorizou também as iniciativas
de muitas comunidades onde “os onde paroquianos se organizam e vão
buscar essas pessoas para a Eucaristia dominical”. “Há coisas muito
bonitas a acontecer”, sublinhou. D. Manuel Clemente lembrou que a
sociedade portuguesa tem cada vez mais o desafio da nova realidade
demográfica, que apontam para que a população portuguesa, em meados do
século XXI, desça dos 10 milhões para os sete milhões, com o crescimento
das pessoas com mais de 65 anos. “As paróquias podem ser um sinal para a
sociedade portuguesa”, disse o cardeal-patriarca, desafiando os
diocesanos à promoção de um relacionamento com as pessoas sós da
família. “Há uma volta a dar. Muito grande”, sublinhou D. Manuel
Clemente, desafiando cada comunidade a dar atenção a “uma periferia que
precise de ser colocada no centro”. O cardeal-patriarca de Lisboa
indicou também como exemplo a “integração e a aproximação das etnias”
nas comunidades cristãs, a atenção aos hospitais, às prisões e à
integração das pessoas após terem cumpridos as suas penas.“É possível
centralizar periferias. Não fiquem imobilizados por ser poucos. Há 2000
anos Jesus era sozinho”, disse D. Manuel Clemente.
Ecclesia
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