19 outubro, 2019

Ano Pastoral: Colocar uma periferia no centro de cada comunidade é o desafio

O Cardeal-Patriarca de Lisboa afirmou no encontro com colaboradores do setor da Pastoral Social que cada comunidade deve identificar “uma periferia” à sua volta para a colocar no centro durante o Ano Pastoral em curso.

“Sair com Cristo ao encontro de todas as periferias” é o tema do terceiro ano de receção do Sínodo da Diocese de Lisboa, após ter centrado os projetos diocesanos na Bíblia, no primeiro ano, e na Liturgia, no segundo, tendo por objetivo “ativar todas as instâncias de corresponsabilidade”. O Departamento da Pastoral Sociocaritativa do Patriarcado de Lisboa promoveu no dia 18 de outubro, o “Dia da Solicitude”, no Centro Diocesano de Espiritualidade, no Turcifal (Torres Vedras) para apresentar o tema do Ano Pastoral e partilhar ações programadas que o concretizam. D. Manuel Clemente sugeriu que cada comunidade e cada grupo “olhe à sua volta” e identifique “o que é mais periférico”, por exemplo a “grande de população idosa e só”, que “não é visitada” nem tem possibilidade de “tratar tudo o que precisa para a sua vida”. “Há muita gente que não participa nas nossas celebrações paroquiais porque não tem possibilidades de se deslocar”, alertou D. Manuel Clemente. O Patriarca de Lisboa valorizou também as iniciativas de muitas comunidades onde “os  onde paroquianos se organizam e vão buscar essas pessoas para a Eucaristia dominical”. “Há coisas muito bonitas a acontecer”, sublinhou. D. Manuel Clemente lembrou que a sociedade portuguesa tem cada vez mais o desafio da nova realidade demográfica, que apontam para que a população portuguesa, em meados do século XXI, desça dos 10 milhões para os sete milhões, com o crescimento das pessoas com mais de 65 anos. “As paróquias podem ser um sinal para a sociedade portuguesa”, disse o cardeal-patriarca, desafiando os diocesanos à promoção de um relacionamento com as pessoas sós da família. “Há uma volta a dar. Muito grande”, sublinhou D. Manuel Clemente, desafiando cada comunidade a dar atenção a “uma periferia que precise de ser colocada no centro”. O cardeal-patriarca de Lisboa indicou também como exemplo a “integração e a aproximação das etnias” nas comunidades cristãs, a atenção aos hospitais, às prisões e à integração das pessoas após terem cumpridos as suas penas.“É possível centralizar periferias. Não fiquem imobilizados por ser poucos. Há 2000 anos Jesus era sozinho”, disse D. Manuel Clemente.
Ecclesia

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