P. José Manuel Pereira de Almeida, secretário da Comissão Episcopal
para a Pastoral Social e Mobilidade Urbana
Domingos Pinto – Lisboa
“Creio que há situações que vale a pena ler em termos gerais, porque,
mesmo com o desenvolvimento em que estamos, aumentou o número de ricos,
continua magra a classe média e aumentou o número de pobres”.
O alerta é do padre José Manuel Pereira de Almeida, secretário da
Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana em entrevista à
VATICAN NEWS no final do 33º encontro nacional da pastoral social que
terminou quinta-feira, 24 de outubro, em Fátima, centrado no tema
“«Trazer as periferias para o centro».
Para o sacerdote, médico de formação e especialidade em Anatomia
Patológica, “depois de um certo alívio pós crise financeira e global,
agora estamos a assistir a um aumento do número de pessoas que são
apoiadas pela Rede Cáritas, nas paróquias e pelas cáritas diocesanas em
cada uma das dioceses”.
“A opção preferencial pelos pobres é um desafio permanente”, diz o
vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa que considera importante
que “nas nossas comunidades, por mais pequenas ou desarticuladas, que
possam existir não necessariamente de grandes organizações, mas pequenos
espaços de escuta para ouvir as pessoas e deixá-las organizar-se em
termos de saída, de possibilidades de resolução dos seus problemas”.
“Se sairmos da nossa auto-referencialidade, para utilizar uma palavra
do Papa Francisco, se calhar somos mais capazes de estar sensíveis aos
problemas dos outros que estão aqui ao pé de nós, e portanto, juntos
podemos mudar”, reafirma o padre José Manuel Pereira de Almeida.
Ao portal da Santa Sé o diretor do secretariado nacional de pastoral
social deixa ainda um desafio no sentido” de uma igreja mais de acordo
com o Evangelho, mais viva e mais próxima de todos, a incluir todos, sem
e excluir ninguém”.
VN
Sem comentários:
Enviar um comentário