(RV) As 12
horas de Roma, o Papa Francisco recebeu em audiência na Aula Paulo VI,
no Vaticano, os 3000 participantes ao encontro promovido pela Haward
World Model United Nations.
«Estou particularmente contente, disse o Santo Padre na sua
alocução, por saber que representais tantas nações e culturas, e por
isso simbolizais a rica diversidade da nossa família humana>>.
Como estudantes universitários, prosseguiu o Papa, dedicais, de modo
particular, na busca da verdade e da compreensão, do crescimento na
sabedoria, não só para o vosso benefício mas também para o bem das
vossas comunidades locais e da sociedade na sua globalidade.
Neste sentido, reiterou o Papa, “faço votos para que esta vossa
experiência vos leve a saber apreciar a necessidade e a importância de
estruturas de cooperação e de solidariedade, que foram forjadas pela
comunidade internacional ao longo dos anos. Estas estruturas, alertou
ainda Francisco, são particularmente eficazes quando são orientadas ao
serviço de todos aqueles que no mundo, são os mais vulneráveis e
marginalizados. Rezo para as Nações Unidas, e para cada um dos Estados
Membros, seja sempre disponível a tal serviço e cuidado».
Entretanto, sublinhando, mais uma vez a importância do estar-juntos
em fraternidade, Francisco recordou aos presentes que “ o fruto mais
importante” da sua estadia neste momento na cidade Eterna, “não está
necessáriamente na aprendizagem do funcionamento da diplomacia, dos
sistemas internacionais e das organizações, que são também importantes e
merecem ser estudados.
«O fruto maior é o tempo que passaram juntos, o vosso encontro
com pessoas provenientes das diversas partes do mundo, que simbolizam
não só os tantos desafios contemporâneos, mas sobretudo a rica varieade
de talentos e potencialidades da família humana».
Portanto, prosseguiu o Papa, nestes dias aprenderão muito uns dos
outros, e recordareis que por detrás de cada dificuldade que o mundo
enfrenta, existem homens e mulheres, jovens e idosos, pessoas como vós.
Existem famílias e individuos que vivem lutando todos os dias, que
procuram cuidar dos próprios filhos e garantir-lhes não só um futuro,
mas também as necessidades básicas quotidianas. Ao mesmo tempo, reiterou
Francisco, muitos daqueles que foram atingidos pelos problemas mais
graves do nosso mundo atual, pela violência e pela intelerância,
transformaram-se em refigiados, trágicamente obrigados a abandonar as
suas casas, privadas da sua terra e da sua liberdade.
São estes, concluiu dizendo o Santo Padre, os que têm necessidade da
vossa ajuda, que pedem em voz alta, de serem escutados e que são, mais
do que nunca, dignos de cada vosso esforço para a justiça, a paz e a
solidariedade. Enfim, a nossa força como comunidade, em qualquer nível
de vida e de organização social estejamos, acrescentou Francisco,
reside, não tanto nos nossos conhecimentos e nas nossas abilidades
pessoais, quanto na compaixão que mostramos uns para com os outros, no
cuidado que praticamos especialmente para com os que são incapazes de
cuidar de sí próprios.
E precisamente neste âmbito do serviço aos mais necessitados,
Francisco disse aos estudantes esperar que a experiência dos dias
passados aqui, tenha sido para eles, uma ocasião para verificarem o
empenho que a Igreja Católica desenvolve ao serviço das necessidades dos
pobres e dos refugiados, no apoio as famílias e as comunidades e na
protecção da inalienável dignidade e direitos de cada membro da família
humana.
«Nós cristãos, disse o Santo Padre, acreditamos que Jesus nos
chama a servir os nossos irmãos e as nossas irmãs, a cuidarmos uns dos
outros independentemente das nossas proveniências e das
circunstâncias». Todavia, recordou, este não é um aspeto
peculiar aos cristãos, mas é uma chamada universale, radicada na nossa
humanidade comum.
E o Papa à todos deu a Sua bênção apostólica rezando ao Deus todo
Poderoso, para que conceda aos estudantes, a mesma felicidade que
prometeu à todos aqueles que têm fome e sede de justiça e trabalham para
a paz.
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