(RV) Neste
domingo, 13 de Março, por ocasião do terceiro aniversário do Pontificado
do Papa Francisco, milhares de fiéis e peregrinos, provenientes das
diversas partes da Itália e do mundo, congregaram-se esta manhã, às 12
horas de Roma, na Praça de S. Pedro para assistir a cerimónia do Angelus
Domini.
O Evangelho deste quinto domingo da Quaresma, disse o Papa na sua
alocução, “é tão bonito e eu gosto muito de lê-lo e relê-lo”. Apresenta
o episódio da mulher adúltera, pondo em realce o tema da misericórdia
de Deus que não quer nunca a morte do pecador, mas que mude de vida e
viva. O episódio acontece na varanda do templo do Monte das Oliveiras
onde Jesus estava a ensinar. Eis que os fariseus apresentaram-Lhe uma
mulher surpreendida em adultério. Aquela mulher, disse Francisco, se
encontra assim, entre Jesus e a multidão, entre a misericórdia do Filho
de Deus e a violência dos seus acusadores.
Na realidade, prossegue o Santo Padre, eles não vieram ter com o
Mestre para pedir o seu parecer, mas para Lhe armarem uma cilada. De
fato, se Jesus seguirá a severidade da lei, aprovando o apedrejamento da
mulher, perderá a sua fama de bondade que tanto atrai o povo; se pelo
contrário quererá ser misericordioso, irá contra a lei que Ele mesmo
disse não querer abolir mas cumprir”.
Perante a pergunta maliciosa dos fariseus, “Tu que dizes”, Jesus não
responde, fica silencioso e inicia a fazer um gesto misterioso:
inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Desta forma,
salientou o Papa, ele convida todos à calma, a não agir guiados pela
onda do impulso e a procurar a justiça de Deus.
Mas os fariseus insistiam em interrogá-Lo, Eram pessoas malvadas,
pareciam, disse o Santo Padre, que tivessem sede de sangue. Jesus
ergueu-Se então e disse-lhes: <>. Esta resposta, disse Francisco,
surpreendeu e desarmou todos os seus acusadores: todos depuseram as
armas, isto é, as pedras que já tinham prontas para serem lançadas, seja
aquelas visíveis dirigidas contra a mulher, seja aquelas invisíveis,
dirigidas contra o próprio Jesus. E eis então que enquanto o Senhor
continuava a escrever com o dedo no chão, os acusadores foram saindo um
após o outro, a começar pelos mais velhos, mais certamente conscientes
de não serem sem pecado.
<>.
No fim da cena, ficaram só Jesus e a mulher: a miséria e a
misericórdia, um diante do outro, sublinhou o Papa. Segue a pergunta de
Jesus: “mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?”. Ela respondeu:
“Ninguém, Senhor”. Disse então Jesus: “Nem Eu te condeno. Vai e não
tornes a pecar”.
Foi suficiente esta constatação e o olhar cheio de misericórdia e de
amor de Jesus, disse Francisco, para fazer sentir àquela mulher,
talvéz pela primeira vez na sua vida, que ela tem uma dignidade, que ela
não é o seu pecado, que pode mudar de vida, pode sair da sua condição
da escrava e percorrer novos caminhos vitais. Nós, acrescentou o
Pontifice, temos um nome e Deus não identifica o nosso nome com o pecado
que cometemos. Portanto ela não é sinónimo do seu pecado, é uma pessoa
com a sua dignidade e sobretudo capaz de conversão autêntica.
Finalmente, Francisco recordou à todos os presentes, que aquela
mulher, representa todo nós, pecadores, isto é adúlteros perante Deus,
traidores da sua fidelidade. E a sua experiencia representa a vontade de
Deus para cada um de nós: não a nossa condenação, mas a nossa salavação
em Jesus, Ele que é a Graça, que salva do pecado e da morte. Ele
escreveu no chão, no pó de que é feito cada ser humano, a sentença de
Deus: “Não quero que tu morras mas que vivas”. Possa então a Virgem
Maria, conclui dizendo o Papa, ajudar-nos a entregarmo-nos completamente
à misericórdia de Deus, para tornarmo-nos criaturas novas.
Após a recitação do Angelus, o Papa Francisco, agradeceu todos os
fiéis e peregrinos vindos de diversas partes da Itália e do mundo, de
modo particular os peregrinos vindos de Sevilha (Espanha), de Friburgo
(Alemanha), de Innsbruck e do Ontário (Canadá); os numeroso grupos
parroquiais provenientes das diversas partes da Itália; os jóvens
provenientes de diversas partes, movimentos, dioceses da Itália e dentre
eles os crismandos de Scandicci e de Milão-Lambrate.
Mas sobretudo, neste dia do terciro aniversário do seu Pontificado,
Francisco quis renovar o gesto de doar uma ediçaõ evangélica do bolso
denominada Evangelho da Misericórdia segundo S. Lucas” que traz consigo
as seguintes expressões de Jesus: “sede misericordiosos, como é
misericordioso o vosso Pai”. O Evangelho fora distribuido pelos
voluntários do Centro pediatrico “Santa Marta do Vaticano e por alguns
idosos/as e avós/avôs da cidade de Roma, aos quais não faltou o elogiu e
o agradecimento do Papa Francisco.
E o Papa a todos desejou um bom domingo e um bom almoço, pedindo mais
uma vez a todos que não esqueçam de rezar por ele particularmente neste
dia do terceiro aniversário do seu pontificado.
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