(RV) Na
manhã deste sábado 19 de março, solenidade de S. José, Esposo da
Bem-aventurada Virgem Maria, o Papa francisco presidiu à Santa Missa na
basílica de S. Pedro, com a ordenação episcopal de D. Peter Brian Wells,
Núncio Apostólico na África do Sul, Botswana, Lesotho e Namíbia, e D.
Miguel Ángel Ayuso Guixot, Secretário do Pontifício Conselho para o
Diálogo inter-religioso.
Na sua homilia Francisco recordou antes de tudo que foi o próprio Jesus que enviou ao mundo os apóstolos e, para perpetuar esta missão, os doze se rodearam de colaboradores transmitindo-lhes o dom do Espírito Santo coma imposição das mãos. Mas no bispo, circundado pelos seus presbíteros, está sempre presente Cristo, reiterou o Papa:
“É Cristo, de facto, que no ministério do bispo continua a pregar o Evangelho da salvação e a santificar os crentes, mediante os sacramentos da fé. É Cristo que na paternidade do bispo adiciona novos membros ao seu Corpo, que é a Igreja. É Cristo que na sabedoria e prudência do bispo guia o povo de Deus na peregrinação terrena até à felicidade eterna”.
E aos novos bispos Francisco recordou que foram escolhidos de entre os homens e para os homens e constituídos para as coisas de Deus, ressaltando a importância de estar ao serviço do povo de Deus. A primeira tarefa do Bispo é, pois, a oração, a segunda o anúncio da palavra e depois vem o resto – disse Francisco, que também acrescentou:
"Episcopado, na verdade, é o nome de um serviço, não de uma honra. Ao bispo compete mais servir que dominar, segundo o mandamento do Mestre: "Quem é o maior entre vós seja como o menor. E quem governa como quem serve – sede sempre servidores”.
E o Papa Francisco exortou ainda os bispos a serem na Igreja que lhes for confiada fiéis guardiães e administradores dos mistérios de Cristo, seguindo sempre o exemplo do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas e é conhecido por elas e por elas não hesitou em dar vida. “Por detrás de cada carta que receberem está sempre uma pessoa, disse Francisco, ressaltando ainda:
“Amai com amor de pai e de irmão todos aqueles que Deus vos confiar. Antes de tudo, amai os sacerdotes e os diáconos (…) O primeiro próximo do Bispo é o seu presbítero, o primeiro próximo. Se tu não amas o primeiro próximo, não serás capaz de amar a todos. Próximos dos presbíteros, diáconos e dos vossos colaboradores. Mas também próximos dos pobres, os indefesos e aqueles que necessitam de acolhimento e ajuda”.
E Francisco concluiu com recomendações aos Bispos para prestarem atenção aos que ainda não pertencem ao único rebanho de Cristo, a trazerem sempre consigo a preocupação por toda a Igreja , unidos ao colégio dos bispos, e a vigiarem com amor por todo o rebanho em nome do Pai, de Jesus Cristo, seu Filho e do Espírito Santo que dá vida à Igreja e pelo seu poder nos sustenta na nossa fraqueza. (BS)
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