11 março, 2016

Exercícios espirituais: compaixão é ver, parar e tocar


(RV) 10 de março: na manhã do quinto dia dos Exercícios Espirituais para o Papa e a Curia Romana o padre Ermes Ronchi propôs uma meditação partindo da pergunta do texto de S. João: “Mulher porque choras? Que procuras?” (Jo 20, 15)

A Igreja e todos os cristãos demonstrem a compaixão do bom samaritano diante das feridas do mundo, porque cuidar de quem sofre melhora as relações sociais e acaba com a cultura do descarte – disse o padre Ronchi na sua meditação tendo apresentado os três verbos da compaixão: ver, parar e tocar.

Perante as lágrimas dos outros devemos ver como “o samaritano viu e teve compaixão. Viu as feridas daquele homem e sentiu-se ferir” – afirmou o padre Ronchi que sublinhou que a compaixão não é um pensamento abstrato mas algo de concreto que induz a não fingir que não se vê.

Por seu lado, a atitude de parar revela como a verdadeira diferença entre cristãos, muçulmanos e judeus não é entre quem acredita ou quem diz não acreditar – referiu o padre Ronchi – mas sim entre quem pára ou quem não pára diante das feridas.

Tocar é a terceira atitude da compaixão – disse o padre Ermes Ronchi – pois “todas as vezes que Jesus se comove, toca”. Toca o filho da viúva de Naim e “viola a lei, faz aquilo que não se pode: pega num menino morto, levanta-o e entrega-o à sua mãe”. A misericórdia não é um documento mas um toque, uma carícia.

(RS)

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