(RV) 10
de março: na manhã do quinto dia dos Exercícios Espirituais para o Papa
e a Curia Romana o padre Ermes Ronchi propôs uma meditação partindo da
pergunta do texto de S. João: “Mulher porque choras? Que procuras?” (Jo
20, 15)
A Igreja e todos os cristãos demonstrem a compaixão do bom samaritano
diante das feridas do mundo, porque cuidar de quem sofre melhora as
relações sociais e acaba com a cultura do descarte – disse o padre
Ronchi na sua meditação tendo apresentado os três verbos da compaixão:
ver, parar e tocar.
Perante as lágrimas dos outros devemos ver como “o samaritano viu e
teve compaixão. Viu as feridas daquele homem e sentiu-se ferir” –
afirmou o padre Ronchi que sublinhou que a compaixão não é um pensamento
abstrato mas algo de concreto que induz a não fingir que não se vê.
Por seu lado, a atitude de parar revela como a verdadeira diferença
entre cristãos, muçulmanos e judeus não é entre quem acredita ou quem
diz não acreditar – referiu o padre Ronchi – mas sim entre quem pára ou
quem não pára diante das feridas.
Tocar é a terceira atitude da compaixão – disse o padre Ermes Ronchi –
pois “todas as vezes que Jesus se comove, toca”. Toca o filho da viúva
de Naim e “viola a lei, faz aquilo que não se pode: pega num menino
morto, levanta-o e entrega-o à sua mãe”. A misericórdia não é um
documento mas um toque, uma carícia.
(RS)
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