35ª Reflexão
Trazes hoje ao meu coração a liberdade dos filhos de Deus.
Levas-me a passear pelo mundo e dizes-me:
A liberdade, meu filho, é o poder que te
dou de escolheres a tua vida.
A liberdade dei-ta desde sempre, mas
confirmei-a quando por ti Me entreguei na Cruz, libertando-te da lei do pecado,
da lei da morte. É a liberdade que te dou, também, sempre, no Sacramento da
Confissão.
Repara que quando pecas, tornas-te escravo
do pecado, se não o rejeitas na liberdade que te dou. Toma como exemplo a
mentira. Quando mentes, entregas-te à mentira, e depois tens que mentir sempre
para “confirmar” a mentira em que te envolveste, em que deixaste envolver a tua
vida. Tornas-te escravo da mentira. Se reparares bem, é assim com todos os
pecados, pois tornam-se repetitivos e viciantes, ficando tu a depender deles,
aprisionando a vida que te dei.
Por isso a liberdade que te dou está
sempre ao teu alcance, quando reconheces as tuas fraquezas, delas te arrependes,
as confessas, e assim, liberto delas, encontras em Mim as forças necessárias
para resistir ao pecado e para te libertares, em Mim.
Só na verdade do Meu amor encontras a
liberdade, porque o Meu amor é total doação e como tal, é também totalmente
livre, nada exige, nada aprisiona, mas apenas ama e quer ser amado.
Deixo-me envolver no Teu amor e
peço-Te:
Eu amo-Te, Senhor, mas aumenta o meu
amor.
Não duvido, Senhor do Teu amor por mim,
duvido sim, do meu amor por Ti.
Ensina-me a amar, a Ti, Senhor, primeiro,
e em Ti e por Ti, aos outros, com o Teu amor, o amor doação que nada exige, mas
tudo dá, para assim viver verdadeiramente a liberdade dos filhos de
Deus.
Graças para sempre Te dou, Senhor, pelo
Teu infinito amor, que me liberta e faz feliz.
Monte Real, 16 de Março de 2016
Reflexões quaresmais
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