(RV) O Papa
Francisco está profundamente triste com a notícia da morte das quatro
Missionárias da Caridade no Iémen, juntamente com outras 12 pessoas, num
ataque terrorista. Num telegrama assinado pelo Cardeal Secretário de
Estado, Pietro Parolin, o Santo Padre assegurou as suas orações pelas
famílias das vítimas deste "acto de violência insensata e diabólica". E
ainda, o Papa reza para que este massacre "desperte as consciências,
leve a uma mudança dos corações e inspire todas as partes a depor as
armas e a empreender um caminho de diálogo".
Em nome de Deus, Francisco pede a todos que "renunciem à violência,
renovem o seu empenho com o povo do Iémen, especialmente os mais
necessitados", que as Missionárias de Madre Teresa "têm tentado servir".
O Papa dá, por fim, a sua bênção apostólica a todos os que sofrem por
causa da violência e, em particular, às Missionárias da Caridade.
Duas das Irmãs mortas eram do Ruanda, uma indiana e a quarta vinha do
Quénia. Neste momento, a superiora do convento está a dar informações à
polícia, que conserva os corpos das pobres religiosas e das outras
vítimas.
Todos os outros estão vivos mesmo os idosos e pessoas com deficiência
hospedados na comunidade, enquanto que os atacantes teriam sequestrado o
Padre Tom Uzhunnalil, um sacerdote salesiano indiano que vivia na
estrutura, e que no momento do ataque "estava na capela a rezar." O
sacerdote encontrava-se no convento depois de a sua igreja da Sagrada
Família em Áden ter sido saqueada e incendiada por homens armados não
identificados, no passado mês de setembro.
Para D. Paul Hinder, de vigário apostólico da Arábia Meridional que
deu a notícia, o "sinal é claro: trata-se de algo que tem a ver com a
religião". "Sabíamos que a situação era difícil - prossegue o prelado - e
que as Irmãs já no passado alvo de ataques direccionados, corriam um
certo risco". No entanto, acrescenta, "elas tinham decidido ficar
aconteça o que acontecer, porque isto faz parte da sua espiritualidade.
Aliás, era claro que "a zona não era segura", mesmo que não tivesse
havido sinais especiais e "é difícil ter notícias”.
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