(RV) No
final da manhã desta sexta-feira dia 26 de fevereiro, o Papa Francisco
recebeu na Sala Clementina no Vaticano os participantes no Congresso
Internacional sobre o tema: “A caridade nunca mais terá fim”, uma
iniciativa do Conselho Pontifício “Cor Unum”. Este evento acontece nos
dez anos da publicação da Encíclica “Deus Caritas est”, do Papa Bento
XVI.
No discurso que pronunciou na ocasião, o Papa Francisco afirmou que
“o ato de caridade, na verdade, não é apenas uma esmola para lavar a
consciência; inclui ‘uma atenção de amor dirigida ao outro’ (cf. ibid.,
n. Evangelii gaudium, 199), que considera o outro “uma coisa como ele
mesmo” (cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theologica, II-II, q. 27, art. 2).
O Santo Padre recordou as palavras de Jesus que declaram a caridade
como o primeiro e maior dos mandamentos, que no texto de S. Marcos nos
diz: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda tua
alma, com toda a tua mente e com toda a tua força… Amarás o teu próximo
como a ti mesmo.” (Marcos 12,30-31).
Segundo o Papa Francisco, o Ano Jubilar que estamos a viver é também
“uma oportunidade para voltar a esse coração pulsante da nossa vida e do
nosso testemunho, no centro do anúncio da fé: ‘Deus é amor’ (1 Jo
4,8.16). “Deus não tem simplesmente o desejo ou a capacidade de amar;
Deus é caridade: a caridade é a sua essência, a sua natureza” –
sublinhou o Santo Padre.
Desta forma, caridade e misericórdia estão intimamente ligadas porque
são a maneira de ser e agir de Deus – explicou o Papa que enfatizou
dois aspetos da Encíclica de Bento XVI: em primeiro lugar é um texto que
nos recorda “o rosto de Deus” que “derrama o seu amor em nós” e assim,
“somos chamados a ser testemunhas deste amor no mundo”. Um segundo
aspeto salientado pelo Santo Padre é que a Encíclica “Deus caritas est”
de Bento XVI “lembra-nos que esta caridade quer ser refletida cada vez
mais na vida da Igreja.”
Neste momento da sua reflexão o Papa Francisco referiu-se à
importância da missão das organizações de caridade da Igreja que
permitem fazer sentir a cada ser humano que é “amado pelo Pai”.
Na conclusão do seu discurso o Papa Francisco reafirmou a frescura da
mensagem da Encíclica “Deus caritas est” e declarou que neste Jubileu
“viver as obras de misericórdia significa conjugar o verbo amar de
acordo com Jesus” para comunicar o amor de Deus.
(RS)
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