(RV) Durante o voo
entre Havana e a Cidade do México, nesta sexta-feira (12/02), Francisco
comentou com os jornalistas a bordo do voo papal as suas impressões
sobre a assinatura da declaração conjunta com o Patriarca Kirill:
“Haverá tantas interpretações, tantas”, advertiu o Pontífice.
Em primeiro lugar, Francisco quis agradecer ao Presidente cubano Raúl
Castro por ter se disponibilizado a hospedar o encontro histórico e
facilitar a assinatura da declaração conjunta. A seguir, o Pontífice
esclareceu que se tratava de um encontro “entre dois bispos”.
“Foi uma conversa entre irmãos: pontos claros que a ambos preocupam.
Falámos com toda a franqueza. Eu me senti diante de um irmão, e ele
também me disse o mesmo. Dois bispos que falam sobre a situação de suas
Igrejas, primeiro. Segundo, sobre a situação do mundo, das guerras,
guerras que agora se corre o risco de não ser mais ‘em partes’, mas que
pode envolver tudo, não?”, advertiu Francisco.
A seguir, o Papa destacou o clima de alegria que marcou os colóquios.
“Digo-vos, verdadeiramente, sentia uma alegria interior que era
propriamente do Senhor. Ele falava liberalmente e se sentia essa
alegria”, frisou o Pontífice.
Mudando o tom de voz e afirmando que a unidade dos cristãos se faz
caminhando, não com tratados teológicos, o Papa ponderou: “Haverá tantas
interpretações, tantas. Não é uma declaração política ou sociológica, é
uma declaração pastoral. Até quando se fala do secularismo e de coisas
claras, de manipulação biogenética, todas essas coisas. É pastoral: de
dois bispos que se encontram com preocupações pastorais. Estou
contente”. (BS/RB)
Para acesso à versão integral
da Declaração conjunta clique aqui
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