(RV) O
Papa está feliz com a calorosa recepção que o México lhe reserva e
apenas num dia conseguiu encontrar um milhão de pessoas. Foi o que disse
o director da Sala de Imprensa do Vaticano, padre Federico Lombardi
que, num briefing com os jornalistas, repercorreu o dia de ontem (13/02)
partindo da oração silenciosa do Papa perante a imagem de Nossa Senhora
de Guadalupe.
“O Papa sente, evidentemente, também nesta imagem, uma presença
espiritual, uma mensagem que continua a ser muito actual, sobre a
capacidade que a mensagem cristã tem de se fazer próxima, de se fazer
presente precisamente no mais concreto da vida destes povos e de cada
povo. É, pois, uma formidável inculturação vivida. São coisas que são
realmente um pouco inexplicáveis, e o próprio Papa, mesmo no outro dia,
falando aos jornalistas no avião, dizia: "Mas, é algo que se continua a
estudar, mas não se consegue explicar, humanamente". É uma
manifestação importante de uma dimensão espiritual que entra no mundo e
é capaz de agir, de agir para transformá-lo positivamente, mas não de
forma sensacional: simplesmente entrando na vida humilde e quotidiana de
um povo”.
Com os políticos e com os bispos o Papa falou de corrupção e tráfico
de drogas, mas também de evangelização. A Igreja mexicana, em sua
opinião, está pronta para relançar estes desafios?
O que o Papa faz é encorajar, dizendo: "Este é o desafio. Nós temos
uma missão, e devemos confrontar-nos com esta situação da melhor
maneira que pudermos. Não devemos ter medo". Este é um dos aspectos da
mensagem de Guadalupe que tem transmitido continuamente: "Estou aqui,
estou aqui contigo: porque tens medo? Não deves ter medo. Mesmo que te
sintas pequeno ...". Portanto, eu diria que o Papa não diz à Igreja
mexicana: "Tu estás pronta para fazê-lo", mas diz à igreja mexicana:
"Tem fé e confiança, porque esta é a tua missão e, portanto, faz tudo o
que puderes”.
Como achou o Santo Padre? Porque certamente encontrou grandes
multidões, mas também gastou muita energia pessoal. Alguém se preocupou
um pouco quando tropeçou na Basílica ...
“Todos sabemos que o Papa tem alguma fraqueza na mobilidade, alguma
incerteza no caminhar. Mas isso, numa pessoa da sua idade, é bastante
normal, devemos dizer. Quantos de nós sentem dificuldade e devem ter
cuidado para fazer os degraus, subir as escadas, saltar ... Portanto,
estamos na normalidade total. Como estado geral é excelente. Nós ficámos
maravilhado de como ele superou o primeiro dia da viagem que foi de 24
horas, com voos longos, encontros emocionantes e muito importantes, como
aquele com o Patriarca, as boas-vindas no aeroporto, 15 km de papamóvel
ao ar livre com um frio excepcional ... Ele fez tudo isso e, em
seguida, estava novamente pronto para um dia intenso como o que viveu.
Portanto, eu diria que, sim, podemos dizer-lhe para ser prudente porque
queremos tê-lo por muito tempo, mas me parece que quanto a energia -
pelo menos no momento actual – tem para dar e vender”. (BS)
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