(RV) Quarta-feira,
dia 10 de fevereiro – na audiência geral o Papa Francisco propôs uma
catequese sobre o Jubileu como “perdão geral” para ajudar o povo a viver
uma fraternidade concreta.
Desde logo o Santo Padre contextualizou que o Jubileu “acontecia de
50 em 50 anos como um momento culminante da vida religiosa e social do
povo de Israel. Se uma pessoa tivesse sido obrigada a vender a sua terra
ou a sua casa, no Jubileu recuperava a posse delas, e se alguém
contraíra dívidas que não pôde saldar e fora reduzido à escravidão
pondo-se ao serviço do credor, no Jubileu podia voltar livre para a sua
família e reaver todas as suas propriedades.”
O Jubileu era, assim, uma espécie de “perdão geral”, que permitia a
cada pessoa voltar à sua situação original. “Quem empobrecera voltava a
ter o necessário para viver e quem enriquecera restituía ao pobre o que
lhe apanhara” – disse o Papa que evidenciou ainda que o objetivo era
criar uma “sociedade assente na igualdade e na solidariedade, onde a
liberdade, a terra e o dinheiro voltassem a ser um bem para todos e não
só para alguns”.
O Jubileu tinha por função ajudar o povo a viver uma fraternidade
concreta, feita de mútua ajuda. Podemos dizer que o jubileu bíblico era
um “jubileu de misericórdia”. A mensagem bíblica é muito clara –
declarou o Santo Padre: “abrir-se com coragem à partilha entre
compatriotas, entre famílias, entre povos, entre continentes. Contribuir
para realizar uma terra sem pobres quer dizer construir sociedades sem
discriminações, assentes na solidariedade que leva a partilhar aquilo
que se possui numa divisão dos recursos fundada na fraternidade e na
justiça – disse Francisco concluindo a sua catequese.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Com ânimo feliz e agradecido, saúdo os professores e os alunos das
diversas comunidades escolares de Barreiro, Bragança, Coimbra e Lisboa.
Sobre vós e demais peregrinos de língua portuguesa, invoco a proteção da
Virgem Maria. Que Ela vos tome pela mão durante os próximos quarenta
dias, ajudando-vos a ficar mais parecidos com Jesus ressuscitado.
Desejo-vos uma santa e frutuosa Quaresma!”
Nas saudações em italiano no final da audiência geral desta
quarta-feira dia 10 de fevereiro, véspera do Dia Mundial do Doente, o
Papa Francisco pediu a oração dos fiéis pelas pessoas enfermas:
“Amanhã, memória de Nossa Senhora de Lourdes, tem lugar o XXIV Dia
Mundial do Doente, que tem a sua celebração culminante em Nazaré. Na
mensagem deste ano refletimos sobre o papel insubstituível de Maria nas
Bodas de Caná: “Fazei o que Ele vos disser (Jo 2, 5). Na solicitude de
Maria espelha a ternura de Deus e a imensa bondade de Jesus
Misericordioso. Convido a rezar pelos doentes e a fazê-los sentir o
nosso amor. A mesma ternura de Maria esteja presente na vida de tantas
pessoas que se encontram ao lado dos doentes sabendo colher as suas
necessidades, mesmo aqueles mais impercetíveis, porque vistos com olhos
cheios de amor.”
O Papa Francisco pediu também a oração de todos pela sua Viagem
Apostólica ao México dos próximos dias 12 a 18 e ainda pelo histórico
encontro com o Patriarca Kirill no dia 12 em Cuba.
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.
(RS)
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