(RV) Quinta-feira, 25 de fevereiro, na Missa em Santa Marta o Papa Francisco propôs uma pista de reflexão: “Sou um cristão que está no caminho da mentira, apenas do dizer, ou sou um cristão que segue o caminho da vida, ou seja, das obras, do fazer?”
No Evangelho do dia, Jesus conta a parábola do homem rico “que se
vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os
dias” e não percebia que à sua porta havia um pobre, chamado Lázaro,
cheio de chagas. Este homem rico, de facto – observou o Papa Francisco –
“conhecia os mandamentos, certamente todos os sábados ia à sinagoga e
uma vez por ano ao templo”.
“Mas era um homem fechado, fechado no seu pequeno mundo, o mundo dos
banquetes, das roupas, da vaidade, dos amigos. Um homem fechado numa
bolha de vaidade. Não tinha a capacidade de olhar além, mas somente ao
seu próprio mundo. E este homem não percebia o que acontecia fora do seu
mundo fechado. Não pensava, por exemplo, nas necessidades de muitas
pessoas ou na necessidade de companhia dos doentes, somente pensava
nele, nas suas riquezas, na sua vida boa: entregava-se à boa vida” –
afirmou o Santo Padre.
Curiosamente o Evangelho não nos diz o nome deste homem – sublinhou o
Papa Francisco – não sabemos como se chama. Sabemos apenas que era um
homem rico. E à sua porta estava Lázaro, uma pessoa com nome. Era o
Senhor que estava à sua porta – referiu o Papa.
Mas qual o caminho que estamos a percorrer? O caminho da vida ou da
mentira? – perguntou o Santo Padre – Onde está a minha alegria: no fazer
ou no dizer?
“Peçamos ao Senhor a graça de ver sempre os Lázaros que estão à nossa
porta, os Lázaros que batem ao coração, e que possamos sair de nós
mesmos com generosidade, numa atitude de misericórdia a fim de que a
misericórdia de Deus possa entrar no nosso coração” – disse o Papa
Francisco concluindo a sua homilia.
(RS)
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