16 fevereiro, 2016

P. Lombardi: o Papa está próximo a todos e reza por todos


(RV) No fim do intenso dia de ontem (15/02), em Chiapas, o enviado Alessandro Guarasci entrevistou o porta-voz do Vaticano e director da Rádio Vaticano, P. Federico Lombardi:

O Papa foi à Catedral de San Cristóbal de las Casas, que é a Catedral de que Samuel Ruiz foi bispo durante 40 anos, e onde está enterrado. O Papa, na Catedral encontrou muitos doentes: havia um milhar de pessoas. E depois, naturalmente, passou diante do túmulo de Samuel Ruiz, deteve-se em em oração - brevemente, mas se deteve em oração - e depois continuou o seu itinerário de consolação e de encontro com as pessoas que estavam na Catedral. Uma coisa extremamente simples e extremamente natural e espontânea, recordando esta pessoa que para a sua diocese teve uma importância muito grande, e também delineou vários aspectos da pastoral da diocese que, com alguns ajustes e melhorias, funcionam ainda hoje. Por exemplo, era muito significativa a presença dos diáconos casados, indígenas, que têm uma grande importância na pastoral da diocese, porque são realmente os protagonistas, ainda que guiados e também formados pelos sacerdotes, mas são pessoas que animam a vida da comunidade, realizam a liturgia da palavra, distribuem a comunhão …

O que nos pode dizer sobre o encontro, um pouco mais privado, que o Papa teve com um grupo de indígenas?

Foi um encontro normal de um almoço. Isto acontece de vez em quando, como durante as Jornadas da Juventude, por ocasião das visitas a zonas com pobres ou refugiados ... Tratava-se de oito indígenas que representavam os diferentes componentes da comunidade, e depois estava um sacerdote indígena, muito simples, um pessoa fascinante na  sua simplicidade de vida e de expressão, vestido como um indígena: não tinha nenhuma distinção clerical particular; e estava também um representante dos diáconos, com a sua esposa; e depois estava uma religiosa, um representante dos jovens, estava um catequista ... mas todos pertencentes às comunidades indígenas locais. E o Papa esteve com eles, numa conversa muito simples.

Como está a preparação da Missa de Ciudad Juárez? Há notícias sobre os familiares dos desaparecidos?

Na Missa de Ciudad Juárez haverá muitas pessoas que estão ligadas de diferentes maneiras aos vários problemas de violência no México. Sabemos que foram 27 mil as pessoas desaparecidas nos últimos anos: portanto, eu não tenho informações que o Papa venha a fazer algo de muito particular para algum grupo ou para um outro. Ele quer  demonstrar a todos a sua proximidade, a sua presença: o Papa reza por todos e a todos está próximo. (BS)

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