(RV) No
voo, para além de enviar telegramas de bons votos, ao chefes de Estado
dos países sobrevoados, entre os quais, Portugal, o Papa teve um momento
de conversa com os jornalistas de várias nações que o acompanham nesta
viagem, no voo papal: 76 ao todo, uma dezenas dos quais mexicanos. A
palavra foi dada primeiramente a uma delas, Valentina Alazraki, decana
dos correspondente no Vaticano. Ela ofereceu um “sombrero” ao Papa “para
que se sentisse mexicano”.
E num clima jovial, o Papa agradeceu-lhes pelo trabalho que fazem,
dizendo que se trata duma viagem intensa, mas muito desejada: “pelo meu
irmã Kirill, por mim e pelos mexicanos”.
Em Cuba, no Aeroporto de Havana haverá, como é sabido, o histórico
encontro de cerca de duas horas com o Patriarca ortodoxo russo Kirill,
encontro do qual se espera uma Declaração conjunta.
Olhando depois para o México, e referindo ao manto – a “tilma” em que
está representada, não pintada à mão, Nossa Senhora de Guadalupe, o
Papa partilhou com os jornalistas um desejo que lhe está muito a peito:
“A minha vontade mais íntima é deter-me em frente de Nossa Senhora de
Guadalupe, aquele mistério que se estuda, se estuda e não há
explicações humanas. E é isto que leva os mexicanos a dizer: “eu sou
ateu, mas sou guadalupano” . Alguns mexicanos, nem todos são ateus”.
O Papa disse depois, a brincar, que foi precisamente esta jornalista
mexicana que lhe levou quarta-feira passada filmes de Cantiflas, nome de
arte de um famoso cómico mexicano:
“A vossa decana mexicana estava à minha espera, como que para me
fazer entrar no túnel do tempo com todos os filmes de Cantiflas. E assim
entrei no México pela porta de Cantiflas, que faz muito rir”.
Ainda em clima jovial, o Papa saudou e agradeceu o Dr. Alberto
Gasbarri que trabalha desde há 47 anos no Vaticano, 37 dos quais
ocupando-se da organização das viagens papais, sendo esta a última
viagem de que se ocupa. Ele será substituído nesta tarefa por D.
Maurício Rueda.
“Esta é última viagem na qual nos acompanha o Dr. Gasbarri. Trabalha
desde 47 anos no Vaticano. Entrou com 3 anos, 4 anos para trabalhar. É
desde 37 anos que realiza viagens. Mas digo isto para que possamos,
durante este dias, exprimir-lhe a nossa gratidão”.
Conversando depois com um jornalista colombiano, o Papa confirmou que
no próximo ano, em 2017, estará na Colômbia para a assinatura dos
acordos de paz entre o governo e os rebeldes das FARC.
(DA/MM)
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