Claro que não sou nada, Senhor!
E, claro, que Tu és tudo, Senhor!
E, graças a Deus que assim é, porque se não, como poderia eu saber que
aquilo que faço, (ou pretendo fazer), é bom e com sentido, se me reconheço
pecador empedernido, embora sempre com forte propósito de emenda.
E será que aquilo que faço, é bom e com sentido?
Será que não o faço para mim, para satisfazer o meu orgulho, a minha
vaidade, a minha ânsia de protagonismo?
Vês, Senhor, como é bom querer reconhecer que sou nada e Tu és tudo!
É que assim, Senhor, Tu deixas que aquilo que faço aproveite a outros, sem
Te importares com as minhas intenções, se elas são puras para Te servir nos
outros, ou se são para me fazer, (pobre de mim pecador), melhor do que os
outros.
E lembro-me de Paulo, Teu Apóstolo aos gentios, (perdoa-me a comparação,
coitado de mim), que nos dizia ter um espinho cravado.
E olho para este espinho de orgulho e vaidade, cravado em mim, que me entra
pelo ser adentro, e me faz questionar sempre, se o faço por Ti, pelos outros,
ou apenas e só por mim.
Sim, Senhor, vivo com esse espinho, afinal por Tua graça, Senhor, porque
acredito que sabes que é a melhor forma de me fazeres procurar o verdadeiro
caminho para Ti … desistindo de mim, ou melhor, desistindo da minha vontade,
para fazer apenas a Tua!
Obrigado, Senhor, apesar do espinho, ou mesmo pelo espinho, que me leva a
querer aproximar ainda mais de Ti!
Feliz sou eu, Senhor, porque me dás luta, mas estás sempre comigo na luta
que me dás!
Marinha Grande, 9 de Fevereiro de 2016
Joaquim Mexia Alves
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