(RV) As
urnas com as relíquias dos Santos franciscanos, Pio da Pietralcina e
Leopoldo Mandic , estão desde sexta-feira à tarde expostas na Basílica
de São Pedro, para a adoração dos fiéis. Um gesto do Papa Francisco
neste Ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia.
Esta manhã o Papa encontrou-se na Praça de São Pedro com numerosos
grupos de oração de Padre Pio, umas 80 mil pessoas da Itália e de várias
outras partes do mundo… Uma multidão que não passou desapercebida ao
Papa, o qual sublinhou a gratidão dessas pessoas por o Padre Pio lhes
ter “ajudado a descobrir o tesouro da vida, que é amor de Deus, e a
experimentar a beleza do perdão e da misericórdia do Senhor”.
“Podemos dizer que Padre Pio foi um servidor da misericórdia”.
Um servidor da misericórdia, um
“apóstolo da escuta” que se tornou, através do ministério da Confissão,
uma carícia vivente de Deus que cura as feridas do pecado e asserena o
coração com a paz.”.
P. Pio dedicou-se a tempo cheio, por
vezes até à exaustão, à escuta – continuou o Papa - acrescentando que
pôde fazer isso, porque “estava sempre ligado à fonte, a Jesus
crucificado, tornando-se assim “num canal de misericórdia”.
Para P. Pio os grupos de oração eram “viveiros de fé, lares de amor”,
não apenas centros de encontro – disse Francisco definindo a oração uma
“verdadeira e própria missão que trás o fogo do amor a toda a
humanidade”, uma “força que move o mundo”, “uma obra de misericórdia
espiritual” que não deve ser usada só como boa prática nem para pedir a
Deus aquilo que nos serve – assim seria puro egoísmo. “É dom da fé e de
amor, uma intercepção de que temos necessidade como o pão”. Trata-se
duma “ciência que devemos aprender todos os dias, porque è bela: a
beleza do perdão e da misericórdia do Senhor”.
Francisco agradeceu depois aos grupos
de oração, encorajando-os, a fim de que, disse “os grupos de oração
sejam “centrais de misericórdia”, centrais sempre abertas e activas.
O Papa recordou ainda que “ao lado da obra de misericórdia espiritual
dos grupos de oração, P. Pio quis também uma extraordinária obra de
misericórdia corporal: a Casa Alívio do Sofrimento”, inaugurada há 60
anos, pois que é importante curar a doença e sobretudo cuidar do doente,
mesmo os moribundos; o doente é Jesus, é a carne de Cristo.
A terminar, Francisco saudou de modo
particular os fiéis da arquidiocese de Manfredónia-San Giovani Rotondo,
recordando que João Paulo II lhe referira que quando ia lá à missa para
pedir conselhos e fazer-se confessar pelo P. Pio, surgia nele a imagem
viva de Cristo sofredor e ressuscitado. “No rosto de Padre Pio
resplandecia a luz da ressurreição”. Que qualquer pessoa que vá à vossa
bela terra possa encontrar também em vós um reflexo da luz do Céu”,
disse-lhes Francisco, pedindo orações para ele e dizendo que ele também
tem vontade de lá ir.
(DA)
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