(RV) O
Papa Francisco chegou à Bolívia na quarta-feira dia 8 de julho à cidade
de La Paz. A acolhê-lo no aeroporto internacional de El Alto estava o
presidente Evo Morales, representantes das instituições do país, os
bispos da Bolívia e largos milhares de fiéis.
No seu discurso o Papa Francisco agradeceu o acolhimento do
presidente e de todas as autoridades e saudou em modo especial todos os
bolivianos que procuraram outras paragens para viver.
O Santo Padre declarou grande alegria por estar “neste país de beleza
singular, abençoado por Deus nas suas distintas áreas: o planalto, os
vales, as terras amazónicas, os desertos, os lagos incomparáveis.”
Alegre por estar num país onde não só se fala o castelhano mas também 36
idiomas nativos, o Santo Padre apresentou-se como hóspede e peregrino:
“Como hóspede e peregrino, venho para confirmar a fé dos crentes em
Cristo ressuscitado, a fim de que todos nós que acreditamos n’Ele,
enquanto peregrinamos nesta vida, sejamos testemunhas do seu amor,
fermento de um mundo melhor e colaboremos na construção duma sociedade
mais justa e solidária” – declarou o Papa.
O Santo Padre declarou ainda que a Bolívia “tem dado passos
importantes na inclusão de amplos sectores na vida económica, social e
política do país” e considerou que “a coesão social requer um esforço na
educação dos cidadãos”.
Dirigindo-se em especial à Igreja o Papa Francisco afirmou:
“A voz dos Pastores, que tem de ser profética, fala à sociedade em
nome da Igreja Mãe, partindo da sua opção evangélica preferencial pelos
últimos, pelos descartados, pelos excluídos, essa é a opção preferencial
da Igreja.”
Não se pode crer em Deus Pai sem ver um irmão em cada pessoa, e não
se pode seguir Jesus sem dar a vida por quem Ele morreu na cruz” –
advertiu o Santo Padre.
O Papa Francisco afirmou que “a família merece uma atenção especial
dos responsáveis pelo bem comum” e os jovens, “comprometidos com a sua
fé e com grandes ideais, são uma promessa de futuro”.
O Santo Padre expressou ainda a necessidade de se “gerar uma ‘cultura
da memória’ que garanta aos idosos não só a qualidade de vida nos seus
últimos anos, mas também o carinho.”
O Papa Francisco concluiu a sua intervenção afirmando estar numa
“pátria que de si própria diz ser pacifista, que promove a cultura da
paz e o direito à paz.”
“Coloco esta visita sob o amparo da Santíssima Virgem de Copacabana,
Rainha da Bolívia, pedindo-Lhe que proteja todos os seus filhos. Muito
obrigado e que o Senhor vos abençoe. Jallalla Bolívia! – disse o Santo
Padre no final do seu discurso na sua chegada à Bolívia. (RS)
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