(RV) Já
iniciou a viagem do Papa Francisco na América Latina. O avião papa
partiu esta manhã do aeroporto de Fiumicino. A primeira etapa será o
Equador. A partir de quarta-feira Francisco estará na Bolívia e por fim
na sexta-feira transferir-se-á para o Paraguai, para depois regressar ao
Vaticano na segunda-feira, dia 13 julho.
Passaram dois anos desde a viagem do Papa ao Rio de Janeiro para o
Dia Mundial da Juventude em 2013 e agora Francisco regressa à América do
Sul para a sua 9ª viagem apostólica internacional. Equador, Bolívia e
Paraguai serão as etapas: "nações irmãs", definiu-as o Papa na
vídeo-mensagem difundida nas vésperas e apresentada simultaneamente nos
três países.
Uma peregrinação seguindo os passos de São João Paulo II que viajou
aos três Estados latino-americanos em 85, no Equador, e em 88, na
Bolívia e Paraguai. É a primeira vez que, numa sua viagem, o Papa
Francisco visita três países: mais de 24 mil serão os quilómetros que
vai percorrer numa semana, variando altitudes e temperaturas, mas também
vivendo situações e percursos históricos diferentes.
"Quero ser testemunha da alegria do Evangelho", referindo-se ao tema
que une toda a viagem que, por sua vez, se inspira à Evangelii Gaudium, e
trazer - disse o Papa antes de partir - a ternura e o carinho de Deus,
especialmente "aos seus filhos mais necessitados, os idosos, os doentes,
os prisioneiros, os pobres, a todos aqueles que são vítimas desta
cultura do descarte”.
O Equador tem como lema: "Evangelizar com alegria". O País está
pronto para acolher o Papa: nos preparativos e na organização, é forte a
coesão entre o governo, as forças da ordem e a Nunciatura em Quito, com
a colaboração dos bispos locais, apoiados diariamente no seu empenho
concreto por várias Conferências Episcopais Europeias. Nos últimos dias,
houve manifestações por parte de activistas em defesa dos direitos
humanos e das comunidades indígenas, que se opõem à perfuração e
extracção de petróleo na Amazónia. Mas o País agora só pensa em abraçar
Francisco. As etapas do Pontífice são Guayaquil e Quito. Na primeira
Francisco visita, entre outros lugares, o Santuário da Divina
Misericórdia e celebra a Missa no Parque de Los Samanes. Na capital,
entre os encontros agendados, a grande Celebração eucarística, dedicada à
evangelização dos povos, no Parque do Bicentenário, uma visita privada à
"Iglesia de la Compañia' - onde Francisco se recolherá em oração diante
da imagem de Nossa Senhora das Dores – e à Casa de Repouso das
Missionárias da Caridade, o encontro com os religiosos no Santuário
Mariano Nacional Mariano 'El Quinche'
Em seguida, a transferência para a Bolívia, cujo lema é: "Com
Francisco anunciamos a alegria do Evangelho". El Alto e La Paz, a 4.000 e
3.600 metros de altura, aguardam o Papa que, entre os vários encontros,
terá uma breve paragem no lugar do assassinato do Padre Luis Espinal,
um jesuíta morto em 1980 na época da ditadura. Em Santa Cruz de la
Sierra, novo Centro económico do País, a 450 metros por cima do nível do
mar, o Papa abrirá o V Congresso Eucarístico Nacional e o Encontro
Mundial dos Movimentos Populares.
Finalmente Asunción e Caacupé, no Paraguai, com o lema: "Mensageiro
de alegria e de paz" Prevista uma visita ao hospital pediátrico da
Capital, bem como ao Bañado Norte, zona pobre e pantanosa da cidade;
além disso a Santa Missa no Santuário Mariano de Caacupé: o Papa
Francisco é muito devoto à Imaculada Conceição dos milagres, que aqui é
venerada. E uma outra Celebração eucarística no parque da base Nu Guazu,
onde se estão a fazer os últimos retoques ao '"altar de milho" feito
com espigas de milho, pequenos cocos, milhares de sementes e inspirado
na cultura indígena. As realidades autóctones serão, portanto, algumas
das particularidades desta viagem, juntamente com os momentos marianos,
os encontros com as crianças doentes, os idosos, os presos, os pobres,
para além dos encontros com as autoridades e as Igrejas locais. Uma
outra viagem às "periferias" do mundo, tão centrais no coração do Papa
Francisco. (BS)
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